Boletim Queimadas: regiões Norte e Sudoeste do Estado em sinal de alerta
O Estado de Goiás registrou, entre os dias 29 de junho e 05 de julho, 51 focos de incêndio. É o que aponta o Boletim Queimadas nº 5, levantamento realizado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo) da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Segundo o levantamento, no mesmo período do ano passado foram registradas 74 queimadas, uma queda de 31%. O mapa de risco feito pelo Cimehgo aponta que quase todo o Estado está em nível alto de alerta. Já são mais de 40 dias sem chuva, com umidade relativa do ar girando em torno de 20% a 30%. O mês de junho registrou, ao todo, 403 focos de incêndio.
VEJA AQUI O BOLETIM QUEIMADAS 05 – SEMANA (29/06 a 05/07)
Os municípios com mais focos foram Cavalcante, no Norte do Estado, com cinco, e Mineiros, no Sudoeste goiano, com quatro. Segundo André Amorim, gerente do Cimehgo, a Semad está em contato constante com os municípios e tenta identificar as razões das altas. “Vamos entrar em um momento de baixa umidade relativa do ar e temperatura mais alta, por isso é preciso manter a vigilância constante e reduzir o tempo de resposta às possíveis emergências”, afirma.
No acumulado de todo o mês de julho de 2019, a região Norte registrou 98 queimadas, enquanto o Sudoeste atendeu a 71. Nos cinco primeiros dias levantados pelo Boletim Queimadas nº 5, a região Norte já havia registrado 13 queimadas e o Sudoeste, 14. Na região que abrange Mineiros, Rio Verde e outros, o quadro é preocupante: na mesma semana do ano passado, foram quatro focos, enquanto no boletim atual foram registrados 18.
Na região Norte, apesar da queda de 31 focos para 15 na semana em questão, a preocupação é com os incêndios registrados na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto, com regiões de difícil acesso para as equipes de combate.
As informações do Boletim Queimadas levam em consideração dados obtidos por meio do satélite de referência aqua (M-T), instrumento em que os focos de calor detectados são utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como referência de dados oficiais. Os focos de queimadas em áreas urbanas são detectados pelo satélite NPP -375.