Andréa Vulcanis visita empresa que dá exemplo no tratamento de animais silvestres de área suprimida, em Luziânia
Secretária visitou município nesta segunda-feira (06/03), encontrou-se com proprietário da Gransafra e conheceu as instalações da empresa, responsável pelo manejo
A secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, visitou nesta segunda-feira (06/03) o empreendimento agrícola Gransafra, responsável pela captura, tratamento e soltura adequada de animais silvestres que viviam em uma área cuja mata foi suprimida, conforme regulamentado por lei, para agricultura. “Fiquei extremamente emocionada com esse trabalho e o resultado. Impressionante o esforço para dar condições adequadas de vida aos animais silvestres – ação que precisa servir de modelo aos outros empreendimentos”, afirmou Vulcanis.
A secretária de Estado foi recebida no empreendimento pelo proprietário da Gransafra, Jandir Tiecher, 55 anos, suas filhas Bruna, 28, e Thifany Tiecher, 24, e por representantes da Platec – empresa responsável pela condução do trabalho realizado na empresa. “Eu acredito muito que temos que trabalhar de acordo com o que diz a legislação estadual. Foi extremamente importante e gratificante contribuir com a manutenção das vidas desses animais, até porque nós também dividimos esse espaço com eles”, disse Jandir Tiecher.
O afugentamento dos animais foi conduzido pelo veterinário Frank Coimbra, 58, especialista em animais silvestres. “Fiquei satisfeito com o resultado e também agradecido por toda a disposição de Jandir, que forneceu os materiais necessários para o funcionamento do contêiner com laboratório e enfermaria para cuidar dos animais capturados”, contou o veterinário. No ambiente de trabalho, além de itens como microscópio, diversos equipamentos para realização de procedimentos médicos nos animais e, inclusive, uma unidade de tratamento de animal (UTA) – uma espécie de UTI para animais.
Baixo custo
Para o proprietário da Gransafra, o custo para implantação do serviço de resgate dos animais silvestres é “baixíssimo” se comparado aos benefícios da contribuição com a fauna. “Com certeza, é um investimento que vale a pena. Principalmente porque entendemos a necessidade de se contribuir com o meio ambiente. Fizemos o necessário, seguir à risca o que pede a lei e isso não saiu por um alto preço”, acrescentou Tiecher.
Desde o início do trabalho, que levou cerca de nove meses para ser finalizado (se considerados períodos para regularização de licenciamentos e afins), a prioridade dos proprietários foi garantir a qualidade da supressão do território. Apenas nesta última etapa, que mobilizou cerca de trinta funcionários ao campo, foram 50 dias de atuação. “O ideal da supressão, que pode ser feita em qualquer época, é que seja feito um trabalho de acordo com a necessidade do local – não apenas de acordo com a legislação. Em muitos lugares, vi um trabalho muito aquém do que foi feito aqui”, explicou o veterinário Frank Coimbra.
Exemplo
Para Andréa Vulcanis, essa ação realizada pelo empreendimento de Luziânia precisa ser reconhecida e utilizada como base para outros empresários do setor. “Isso aqui é um trabalho de responsabilidade social. Somos humanos, abrir áreas faz parte, mas precisamos que seja feito da maneira adequada. Se estamos invadindo a área dos animais, devemos dar condições para que eles sobrevivam.”
Foto: Semad