Semad se aproxima de moradores para regularização fundiária na região de Terra Ronca
Secretária Andréa Vulcanis esteve nas casas dos proprietários rurais para que os encontros pudessem ocorrer sem aglomeração, em respeito aos protocolos de controle e combate ao novo coronavírus. Após ouvir os anseios das pessoas, o próximo passo agora é chegar a um acordo entre Estado e a população para efetivação das ações de preservação do parque
São Domingos – A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) promoveu nesta quarta-feira (14/04) diálogos com pequenos proprietários de terras localizadas na região do Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR). Comandadas pela secretária Andréa Vulcanis, as reuniões tiveram como foco ouvir as demandas das famílias e tentar encontrar soluções para as regularizações fundiárias necessárias para a efetivação da Unidade de Conservação (UC).
A titular da Semad lembrou que no passado outras tentativas de governos anteriores foram fracassadas porque ocorreram de forma impositiva. “Devemos seguir a lei, mas não podemos deixar de lado a história dessas pessoas, que tradicionalmente moram na região de Terra Ronca há muito tempo, que têm por essas terras um amor e cuidado”, alertou Andréa Vulcanis ao dizer que “a Semad está aqui para cuidar de quem cuida do parque”.
É o caso, por exemplo, da dona Otacília. Ela e outros 10 irmãos nasceram em terras que atualmente fazem parte do PETeR e seguem a trajetória dos seus antepassados, que chegaram à região de Terra Ronca há muitos anos. Ao contar sua história à secretária Andréa Vulcanis a matriarca da família elogiou a iniciativa do Governo de Goiás, por meio da Semad, de fazer diferente de governos anteriores e tentar construir juntos uma solução para a questão da regularização fundiária.
Para preservar
Em conversa com uma das famílias, a do senhor José Cândido, a equipe da Semad ouviu do morador que a grande preocupação dele era sair das terras para dar espaço à uma possível exploração mineral. Diante dos questionamentos, a secretária tratou de explicar que as desapropriações ocorrerão para que haja máxima proteção ambiental do local. E que todos os mecanismos para salvaguardar os recursos naturais do Parque Estadual de Terra Ronca estão amparados em diversos regramentos e pela Constituição Federal de 1988, ou seja, é imutável.
Ao mandar um recado ao governador Ronaldo Caiado, José Cândido afirmou que entende a necessidade de se preservar o local e que espera uma solução para que em breve possa ter um novo lugar para morar com a família. “Agradeço a presença de todos e a forma como o governo está tratando o problema, dando voz ao nosso povo”, confidenciou o morador.