Em Terra Ronca, Semad recebe MP e moradores para sanar dúvidas sobre o plano de manejo do parque

Ao comandar a reunião, a secretária Andréa Vulcanis alertou que “aqui no Nordeste goiano, precisamos criar um modelo de desenvolvimento sustentável. É preciso deixar de lado a ideologia errônea de que preservação e desenvolvimento necessariamente andam em lados opostos, não convergentes”. E completou: “eu não posso ter a região mais preservada do Estado e, ao mesmo tempo, deixar as pessoas passando fome, sem perspectiva de vida e sem desenvolvimento”

São Domingos – Equipes de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) mantiveram reunião na manhã desta terça-feira (13/04) com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), ambientalistas e a população de São Domingos e municípios vizinhos para tirar dúvidas sobre o teor e aprovação do plano de manejo do Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR). Ao promotor Rodrigo Carvalho Marambaia e demais participantes foram prestados todos os esclarecimentos sobre o documento e as ações do Governo de Goiás, por meio da pasta na região.

Ao comandar a reunião, ocorrida na sede do parque, a titular da Semad, Andréa Vulcanis, reforçou que em setembro de 2020 a Secretaria passou a integrar o Programa de Estruturação de Concessões de Parques Estaduais, desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A iniciativa abrange serviços técnicos de apoio, avaliação, estruturação e implementação de projetos, buscando o incremento à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos dentro das Unidades de Conservação (UCs).

Deixando claro que não se trata de terceirização, Andréa Vulcanis alertou que “aqui no Nordeste goiano precisamos criar um modelo de desenvolvimento sustentável, e para isso é preciso deixar de lado a ideologia errônea de que preservação e desenvolvimento necessariamente andam em lados opostos, não convergentes”. E completou: “eu não posso ter a região mais preservada do Estado e, ao mesmo tempo, deixar as pessoas passando fome, sem perspectiva de vida e sem desenvolvimento”, concluiu.

Ao adotar um discurso conciliador, o promotor Rodrigo Marambaia falou do seu papel, de zelar pelos direitos dos moradores da região. E, nesse sentido, antes mesmo da reunião, a Semad já havia atendido à recomendação e endereçado ao MP-GO ofício contendo todos os esclarecimentos solicitados. No documento consta, por exemplo, cases de sucesso em que 13 UCs tiveram sua gestão concessionada. São exemplos o Parque Nacional do Iguaçu, Parque Nacional de Fernando de Noronha, Parque Nacional Chapada dos Veadeiros e o Parque Estadual de Campos do Jordão.

Oportunidade

Presente na reunião, o espeleólogo – especialista no estudo de cavernas –, Edvard Dias Magalhães, disse que acompanha as ações dos governos em relação à região de Terra Ronca desde 1.995. E pontuou que entende que os moradores da região já estão cansados de promessas de melhorias que foram feitas anteriormente. “Mas vejo uma postura diferente, de diálogo, da Semad e penso que esta é uma grande oportunidade que não podemos perder”, relatou. 

Nesse sentido, representantes da Fundação Mais Cerrado contribuíram com as discussões e pontuaram, entre outros temas, mencionando a revisão do plano de manejo do parque, que está sendo feita por empresa especializada contratada pela Semad. “Já vivi outras realidades em governos passados e não tenho dúvida de que tudo será amplamente discutido com a sociedade”, alertou Luiz Oliveira, diretor do Instituto Espinhaço.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo