Entre uma agenda e outra, a secretária Andréa Vulcanis participou das duas edições, que ocorreram às 10h e 15h. E ressaltou que a presença dos professores e convidados é um momento importante de absorção de conhecimento aos participantes

Neste 21 de setembro, data em que é comemorado o Dia da Árvore, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentou dois webinars para falar de biodiversidade e conservação do meio ambiente, especialmente do Cerrado, bioma em que está inserido o Estado de Goiás. Na primeira edição, ocorrida no período da manhã, o público virtual contou com a palestra do professor doutor Altair Sales Barbosa, com o tema “Para Onde Caminha Nosso Cerrado”.

Titular do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, fundador e ex-diretor do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, o professor tratou, entre outros temas, das medidas que precisam ser implementadas para que o Cerrado não deixe de existir. Mais de 70 pessoas e representantes de organizações não governamentais absorveram conteúdo ministrado pelo estudioso e também interagiram com perguntas sobre o tema. 

Além da preservação do bioma, Altair Sales Barbosa também abordou aspectos econômicos relacionados à sustentabilidade. De acordo com ele, metade de tudo o que é produzido no Brasil sai dos estados que estão situados no Cerrado. A partir dos seus estudos o professor pôde destacar, ainda, que, em decorrência da interferência humana, metade do Cerrado já foi transformada.  

Árvores do Cerrado

Já o segundo webinar, ocorrido na tarde desta segunda-feira (21), contou com a palestra do professor doutor Braulio Ferreira de Souza Dias, que trouxe o tema “Biodiversidade e Potencial Socioeconômico das Árvores do Cerrado”. Ele tem desenvolvido pesquisas sobre a biodiversidade e ecologia do bioma Cerrado, estabeleceu e coordenou um grande projeto experimental de ecologia do fogo no Cerrado.

Sobre as alterações climáticas e o grande número de focos de incêndio que estão ocorrendo em todo o país, especialmente no Cerrado e pantanal mato-grossense, o professor tratou do poder regenerador das árvores nesses ambientes e também das consequências devastadoras na vegetação nativa. 

Sustentabilidade

“Comércio justo e consequência ambiental como aliados do desenvolvimento sustentável”. Este foi o último assunto debatido no segundo webinar da Semad nesse Dia da Árvore. A especialista Iasminy de Paula Berquó conversou com os internautas especialmente sobre o Sítio Boca do Mato, situado no município de Mambaí.

A iniciativa trata de sustentabilidade e atividade extrativista que ajuda a comunidade local a estabelecer melhores condições de vida aos participantes. Um dos produtos de maior relevância e que é processado e revendido no local é o pequi, fruto de grande ocorrência no Cerrado. 

O biólogo Sandro Raphael Borges, que é sócio de Iasminy, havia confirmado sua participação, porém, como está em campo no Pantanal, atuando como voluntário no combate aos incêndios que devastam a região, não conseguiu acesso a tempo. Ele, que tem licenciatura em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), e é autor de “A Articulação dos conteúdos de Educação Ambiental na Educação de Adultos”; e “Relato de Experiência: a Feira de Troca como ação em Educação Ambiental”.