Dia 4 da Semana do Meio Ambiente debate Covid-19 e limites da relação entre seres humanos e natureza

A Semana do Meio Ambiente entrou em seu quarto dia com um debate contemporâneo em seus painéis. Mediadas pela subsecretária de Desenvolvimento Sustentável, Proteção Ambiental e Unidades de Conservação, Sandra Regina Rodrigues Klosovski, as mesas traçaram um panorama sobre a complexidade do desenvolvimento sustentável e os reflexos da destruição do meio ambiente na sociedade, com ênfase na pandemia de Covid-19.

O momento de pandemia, inclusive, foi o tema principal da primeira mesa, às 10h. O painel “Correlações entre alterações ambientais e doenças: a pandemia como resultante do atual modelo civilizacional. As soluções possíveis e o caminho de desenvolvimento das políticas públicas ambientais” reuniu o biólogo Geraldo Majela Morais Salvio, o professor Fábio Rúbio Scarano, o médico Ricardo Ghelman e o educador Fábio Otuzi Brotto. Entre as diferenças de perspectivas a respeito da pandemia, o consenso girou em torno da necessidade de modificar as relações sociais e ambientais, além da grande chance de a humanidade registrar novas pandemias em um futuro próximo.

O segundo painel, às 14h, falou sobre “Biodesenvolvimento, soluções baseadas na natureza, segurança hídrica, mudanças climáticas, modelos produtivos e gestão integrada de territórios”, com apresentações de Luiz Cláudio de Oliveira, co-fundador e presidente do Instituto Espinhaço, Evandro Vieira Ouriques, pesquisador da UFRJ, e Glauco Kimura de Freitas, diretor de Projetos para o Programa de Ciências Naturais da Unesco. As falas trouxeram modelos de desenvolvimento sustentável e levantaram questões sobre os novos rumos que a economia deve tomar nos próximos anos.

No painel das 16h, foi debatido o tema “Ações de comando e controle e ética nas relações entre pessoas e natureza: o compartilhamento de responsabilidades entre o público e o privado nas ações de controle ambiental”, que contou com a participação especial do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU). Os debatedores foram José Mário Schreiner, deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), André Luiz Lins Rocha, presidente-executivo dos sindicatos da Indústria de Fabricação de Etanol e Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar) e coordenador do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Goiás, além da advogada e professora Fernanda Aparecida Mendes Silva Garcia Assumpção e o advogado Clarismino Luiz Pereira Junior, que representa a OAB no Conselho Estadual de Meio Ambiente de Goiás.

No último painel, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, Fabricio Motta, e o professor de Direito Luciano Ferraz debateram o tema “Controle das políticas públicas e das ações de proteção ao meio ambiente: limites e possibilidades”, ocasião em que refletiram sobre o escopo legislativo brasileiro e os desafios na aplicação da lei em um país que sistematicamente descumpre as próprias regras.

A secretária Andréa Vulcanis fez o encerramento das atividades na quinta-feira após acompanhar, em Cavalcante, a operação que interrompeu ações de desmatamento em território kalunga. Leia mais AQUI.

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