Parque Estadual do João Leite-Pejol

História

O Parque Estadual do João Leite – Pejol é uma unidade de conservação de proteção integral criada pela Lei nº 18.462 em 9 de maio de 2014, com uma área de 2.832 hectares.

O Pejol é vizinho do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco – Peamp, criado em 1992. Desta forma, os dois parques somam uma área contínua de 4.964 hectares, ocupada principalmente por Florestas Estacionais Semideciduais e Matas de Galeria, ecossistemas florestais que estão entre os mais devastados do mundo.

O nome do parque é uma homenagem a João Leite da Silva Ortiz, bandeirante paulista nascido por volta do ano de 1670 e que em 1722, juntamente com Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como Anhanguera Filho, deu início as expedições que povoariam as terras goianas. João Leite foi um desbravador das terras da região central do país, fundador de antigos arraiais em Minas Gerais e de Goiás, bem como descobridor de inúmeras minas de ouro nessas terras.

Localização e acesso

O Pejol é cortado pela Rodovia BR-060/153, que é a principal via de acesso. A entrada do parque está distante cerca de 12 quilômetros de Goiânia e 10 quilômetros de Terezópolis de Goiás, as duas cidades mais próximas, sendo que todo o percurso é efetuado em pista dupla pavimentada, em bom estado de conservação. O Pejol está inserido nos municípios de Teresópolis, Goianápolis, Nerópolis e Goiânia.

A entrada do Parque fica na Rodovia BR-060/153 Km 127 Sul, Zona Rural Goianápolis, Goiás.  Acesse aqui a localização (coordenadas 16°32’49.00″S, 49° 9’9.69″W)

Objetivos

O principal objetivo do Parque é a proteção do maior remanescente de Floresta Estacional da região central do Estado de Goiás. O Pejol também possui sítios arqueológicos que abrigam vestígios da presença de povos indígenas agricultores-ceramistas da tradição Aratu, que viveram na região pelo menos até meados do século XIV. O Pejol ainda protege o reservatório João Leite, principal fonte de água para a Região Metropolitana de Goiânia.

Fauna

29 espécies de mamíferos (quatro espécies são consideradas ameaçadas de extinção de acordo com a lista nacional de espécies ameaçadas, todas na categoria Vulnerável (VU), sendo: Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), Puma ou Suçuarana (Puma concolor) e Gato-mourisco (Puma yagouaroundi).

286 espécies de aves (espécies ameaçadas de extinção: Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus) e Chupa-dente (Conopophaga lineata), ambas em categoria vulnerável (MMA, 2014) e Mutum-de-penacho (Crax fasciolata), também vulnerável (IUCN, 2021)).

36 espécies de anfíbios e 28 espécies de répteis, com destaque para os grandes répteis de interesse conservacionista, como o Jabuti (Chelonoidis carbonarius), os lagartos Teiú (Salvator sp.), as serpentes Jibóia (Boa constrictor); Sucuri (Eunectes murinus), Salamanta (Epicrates crassus) e a Boipevaçu (Hydrodynastes gigas).

Flora

A vegetação do Pejol é composta predominantemente por florestas, com destaque para a Floresta Estacional, também conhecida como Mata Seca ou Mata Mesofítica, com as variações Floresta Estacional Semidecidual Montana e Floresta Estacional Semidecidual Aluvial. Também ocorrem a Savana Arborizada (Cerrado Sensu Stricto), Savana Florestada (Cerradão) além de sistemas de vegetação com influência fluvial (várzeas) nas áreas mais baixas. O parque também possui áreas alteradas em processo de regeneração. Até agora já foram identificadas 485 espécies de plantas no Parque.

Água

O reservatório do Ribeirão João Leite, principal manancial de abastecimento público do Estado de Goiás fica protegido dentro do parque é responsável por fornecer água para boa parte da Região Metropolitana de Goiânia.
O parque também abriga diversos córregos e nascentes, com destaque para os córregos Macaúba, Tamanduá, Carapina, Barreiro e Cana Brava, importantes afluentes do Ribeirão João Leite.

Sítios arqueológicos

O Pejol abriga importantes sítios arqueológicos pré-históricos que contém vestígios da presença de povos indígenas da tradição Aratu, possivelmente da etnia Caiapó do Sul. Nestes locais já foram encontrados sob o solo materiais cerâmicos e líticos produzidos por volta do século XIV. A região do parque teria sido escolhida como assentamento para tais populações pela proximidade com corpos d ‘água, disponibilidade de matéria prima e ocorrência de solos férteis, uma vez que estes povos indígenas praticavam a agricultura e a manufatura de artefatos em cerâmica.

Visitação

  • O Pejol fica aberto à visitação pública de terça-feira a domingo, das 6:00h às 17:00h;
  • Não há cobrança de ingresso;
  • Visitantes individuais não necessitam de agendamento;
  • Grupos interessados em realizar visitas monitoradas devem agendar a atividade previamente;

Visitantes com interesse em acessar o parque em datas, horários ou locais específicos devem solicitar a permissão previamente por meio do formulário anexo (CLIQUE AQUI).

Atrativos

  • Caminhada em trilhas
  • Passeios de bicicleta
  • Corrida em trilhas
  • Mountain bike
  • Observação de fauna e flora
  • Contemplação da paisagem
  • Piquenique
  • Fotografia de natureza*

*Para o acesso e realização de observação/fotografia de aves em locais e horários específicos, o interessado deve preencher o formulário anexo. (CLIQUE AQUI).

Trilhas

Trilha do Peba
Descrição: Trilha estreita em meio à Mata Seca, predominantemente sombreada, requer esforço físico mínimo
Nível de dificuldade: Passeio
Extensão: 0,70 Km
Desnível: desce 10 m, sobe 10 m
Atividades recomendadas: caminhada, observação de fauna, observação de plantas, fotografia de natureza
https://pt.wikiloc.com/trilhas-joelette/trilha-do-peba-peamp-127932014

Trilha do Quati
Descrição: Trilha larga em áreas de Mata Seca e de reflorestamento, com trecho em asfalto.
Nível de dificuldade: Passeio+
Extensão: 2,88 Km
Desnível: desce 46 m, sobe 46 m
Atividades recomendadas: caminhada, contemplação da paisagem, observação de fauna, observação de plantas, fotografia de natureza, passeio de bicicleta
https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/trilha-do-quati-peamp-127931356

Trilha do Eucalipto
Descrição: Trilha larga em áreas de reflorestamento, com trecho em asfalto.
Nível de dificuldade: Leve
Extensão: 6,11 Km
Desnível: sobe 106 m, desce 106 m
Atividades recomendadas: caminhada, contemplação da paisagem, observação de fauna, observação de plantas, fotografia de natureza, passeio de bicicleta, corrida em trilha
https://pt.wikiloc.com/trilhas-corrida-em-montanha/trilha-do-eucalipto-peamp-127931206

Trilha da Mangueira
Descrição: Trilha larga em áreas de Mata Seca e de reflorestamento, com trecho em asfalto.
Nível de dificuldade: Moderada
Extensão: 11,90 Km
Desnível: desce 175 m, sobe 175 m
Atividades recomendadas: contemplação da paisagem, observação de fauna, observação de plantas, fotografia de natureza, passeio de bicicleta, corrida em trilha, mountain bike
https://pt.wikiloc.com/trilhas-corrida-em-montanha/trilha-da-mangueira-peamp-127930701

Trilha do Lago
Descrição: Trilha larga em áreas de Mata Seca e de reflorestamento.
Nível de dificuldade: Semi-pesada
Extensão: 16,35 Km
Desnível: sobe 354 m, desce 354 m
Atividades recomendadas: contemplação da paisagem, observação de fauna, observação de plantas, fotografia de natureza, passeio de bicicleta, corrida em trilha, mountain bike
https://pt.wikiloc.com/trilhas-mountain-bike/trilha-do-lago-peamp-127931253 

Orientações

  • Esteja preparado para a atividade que você deseja realizar.
  • Não saia da trilha.
  • Traga água e lanche. Prefira frutas, castanhas ou sanduíches leves.
  • Utilize roupas adequadas, boné e calçado fechado.
  • Use protetor solar e repelente contra insetos.
  • Na época das chuvas, esteja preparado para se sujar.
  • Esteja atento à sinalização, siga as normas e as orientações dos funcionários do Parque.
  • Observe, mas não recolha flores, frutos ou pedras dos locais que você está visitando.
  • Não alimente ou incomode os animais.
  • Todo lixo que você produzir na trilha deverá ser trazido de volta, inclusive o lixo orgânico.
  • Tenha consciência de que atividades em ambientes naturais envolvem alguns riscos, seja responsável pela sua segurança.

Normas complementares relacionadas à visitação

  • A coleta de frutos, sementes, raízes ou quaisquer materiais biológicos é proibida.
  • A coleta, apanha ou perseguição de animais silvestres também é proibida.
  • Também é proibido alimentar os animais silvestres.
  • Não é permitida a entrada de animais domésticos, exceto cães-guia em acompanhamento a deficientes visuais.
  • A soltura ou abandono de animais domésticos é proibida.
  • É proibido fazer fogueiras.
  • Não é permitido o uso de aparelhos sonoros, exceto para uso com fones de ouvido.
  • É proibida a instalação ou afixação de placas, avisos ou sinais sem autorização da administração do parque.
  • É proibido o descarte de lixo ou outros materiais fora dos locais indicados pela Administração do parque.
  • O fechamento temporário do acesso às áreas específicas do parque será comunicado previamente, exceto em situações de emergência quando o fechamento será imediato.

Agendamento e registro de visitas

As visitas de grupos que necessitem de acompanhamento ou tenham demandas específicas deverão ser agendadas com, no mínimo, 10 dias de antecedência mediante o preenchimento do formulário anexo e confirmação da demanda através do e-mail: peamp.meioambiente@goias.gov.br.

Legislação

Criação do parque
Lei nº 18.462, de 9 de maio de 2014

Criação do Conselho Consultivo
Decreto nº 5.080, de 28 de julho de 1999

Autorização para pesquisa científica

Acesso para a realização de estudos ou pesquisas em unidades de conservação

Conselho consultivo

O conselho consultivo é um órgão colegiado que busca contribuir com a gestão do Parque apoiando a elaboração e implantação do plano de manejo, integrando o Parque às comunidades do entorno, ao setor privado, às instituições de pesquisa e às ONGs.

O Conselho Consultivo do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco e Parque Estadual do João Leite – ConPEAMP, instituído pelo Decreto Estadual nº 5.080 de 28 de julho de 1999, é um órgão colegiado, consultivo e integrante da estrutura dos Parques. O ConPeamp busca contribuir com a gestão do Parque apoiando a elaboração e implantação do plano de manejo, integrando o Parque às comunidades do entorno, ao setor privado, às instituições de pesquisa e às ONGs.

Atualmente o Conselho possui as seguintes representações:

  • Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD
  • Polícia Militar Ambiental
  • Corpo de Bombeiros Militar
  • Saneamento de Goiás S/A – Saneago
  • Prefeitura Municipal de Goiânia
  • Prefeitura Municipal de Goianápolis
  • Prefeitura Municipal de Nerópolis
  • Prefeitura Municipal de Terezópolis de Goiás
  • Representante dos moradores vizinhos do Peamp e Pejol
  • Representante das Organizações Não-Governamentais
  • Representante da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Contatos

  • Superintendência de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental: (62) 3201-5295
  • Gerência de Criação e Manejo de Unidades de Conservação: (62) 3265-1381
  • Gerência de Uso Público, Regularização Fundiária e Gestão Socioambiental de Unidades de Conservação: (62) 3265-1340
  • Chefe da Unidade de Conservação: Marcelo Alves Pacheco
  • E-mail: marcelo.pacheco@goias.gov.br / peamp.meioambiente@goias.gov.br
  • Telefone: 62 98268 8038

Governo na palma da mão

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