Governo de Goiás fará mapeamento inédito de campos de murundus no Estado

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), fará um mapeamento inédito dos campos de murundus, também conhecidos como covais, vegetação típica do Cerrado com microrrelevos formados por morrotes onde, durante o período chuvoso, ocorre o afloramento natural do lençol freático.

A iniciativa já vinha sendo planejada pela Semad nos últimos meses e foi negociada como parte do processo de compensação ambiental da empresa CMOC Brasil Mineração, Indústria e Participações Ltda., que fará a contratação do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), da Universidade Federal de Goiás (UFG), para o mapeamento e levantamento dos remanescentes dos campos de murundus ou covais do Estado de Goiás.

O status de área de preservação ambiental para fins de licenciamento ambiental dos campos de murundus, que datava de uma lei de 2007, foi revogado com a aprovação da Lei 20.694, em dezembro de 2019.

Já a Lei nº 20.773, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado na última segunda-feira (11/05), que instituiu o Regime Extraordinário de Licenciamento Ambiental (REL), também estabeleceu os campos de murundus ou covais e a faixa de cinquenta metros de largura em sua projeção horizontal, contada a partir da borda exterior de sua caracterização, como área de preservação permanente. 

Segundo a secretária Andréa Vulcanis, o trabalho pioneiro integra a estratégia da gestão ambiental de Goiás, de valorização e preservação do Cerrado. “O mapeamento será feito por técnicas de sensoriamento remoto e validações em campo, métodos de última geração”, afirma. “A Semad irá identificar a localização e a dimensão até então desconhecida dos remanescentes desta fitofisionomia ímpar no Estado, garantindo a preservação dos recursos naturais”, explica.

Pretende-se que, depois desse levantamento, seja feito um trabalho de sensibilização junto aos proprietários, nas áreas onde os murundus se localizem em terras privadas. “Acreditamos que a preservação ambiental deve ser um esforço de todos e precisamos nos unir e integrar nessas ações de conservação da natureza”, conclui a secretária.

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