Ações conjuntas determinam êxito da Operação de Enfrentamento da Crise Hídrica do Meia Ponte, afirma secretária Andréa Vulcanis

“A situação está sob controle, passamos este período de seca da melhor forma possível, e a grande Goiânia não ficou um dia sequer sem água”, celebrou a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a Andréa Vulcanis. Ela fez o balanço final da Operação de Enfrentamento da Crise Hídrica do Meia Ponte, que chegou ao fim nesta terça-feira (12/11). Foram 21 mil ações em 89 dias de fiscalização intensiva e controle na bacia. O cadastro de usuários não outorgados superou a marca de 600. “Temos vários números e resultados propositivos, além da redução de infrações e embargos”, completa. 

A secretária atribuiu o sucesso da operação ao trabalho conjunto entre diversos profissionais para que Goiás enfrentasse um cenário de dificuldades. “Começamos as ações em janeiro, já prevendo que teríamos um ano atípico. O trabalho dos profissionais envolvidos foi crucial para o enfrentamento da ameaça de racionamento”, afirma. “A colaboração dos produtores rurais também foi de extrema importância para mantermos a Bacia do Meia Ponte em um nível que garantisse o abastecimento de Goiânia”, destaca.

Esse reconhecimento do Governo de Goiás ficou claro na homenagem feita na ocasião a mais de 335 profissionais envolvidos no enfrentamento da crise hídrica no Estado. Os esforços coletivos para combater a ameaça de racionamento de água em Goiânia e região metropolitana envolveram profissionais da Semad, Batalhão Ambiental, Corpo de Bombeiros e produtores rurais da Bacia do Rio Meia Ponte, que aderiram à diminuição na outorga de captação e forneceram barramentos para reequilibrar o nível do rio durante os períodos mais críticos. 

Para o ano de 2020, segundo a titular da Semad, o planejamento já começou. “Semana passada já tivemos as primeiras reuniões. Estamos com um projeto de recuperação da bacia bastante avançado, bem como estratégias de curto prazo”, pontuou Vulcanis. A secretária afirma, ainda, que a pasta já estuda o cadastramento de barramentos privados na bacia, no total de quase 70, e solicitou à Saneago que promova contratos com os proprietários rurais para verificar a vazão de fundo, a descarga lateral e como será administrado o volume de água armazenado. 

“Estamos verificando também uma alteração dos níveis críticos. Percebemos que ficaram muito próximos um do outro. Então, o tempo de planejamento e a resposta tiveram que ser muito rápidos. Submeteremos uma nova proposta para o Comitê de Bacias, com todo um planejamento sendo estruturado desde já para que haja tempo quando chegar o próximo período de estiagem”, complementa. 

O evento contou com as presenças do coronel André Henrique Avelar de Sousa, subcomandante-geral da Polícia Militar de Goiás, do coronel Anderson Cirino, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, além de representantes da Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Prefeitura de Goiânia, entidades do setor produtivo, como a Faeg, e da sociedade civil organizada. O tenente-coronel Edsson Cândido Ribeiro, comandante do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), que participou intensamente das atividades, ressalta os esforços coletivos e a participação das forças de segurança como fundamentais para o sucesso da empreitada. 

 

Seca
O Estado de Goiás enfrenta, em 2019, uma longa estiagem, sendo que o volume de chuvas é inferior ao registrado nos últimos anos. “Nós temos uma modificação muito significativa do regime de chuvas. Em novembro de 2018 foram 122 milímetros, enquanto que neste mesmo período, em 2019, apenas 29 milímetros. Sem contar que, no ano passado, as chuvas começaram em agosto. Agora, foram 131 dias sem chuva, mais de quatro meses”, detalha a secretária.  

Desde o início, o governador Ronaldo Caiado determinou as ações contínuas e emergenciais para que a vazão do Rio Meia Ponte não ficasse abaixo dos 1.500 litros por segundo, volume crítico para o início do racionamento. Com o início do período chuvoso, no mês de outubro, a vazão voltou a ficar acima dos 3.500 l/s, dentro do nível crítico 2. No entanto, as chuvas não tiveram a estabilidade esperada, o que mantém a Semad em alerta máximo neste mês de novembro. Com um maior volume de precipitações, é esperado que o Meia Ponte consolide uma vazão acima do nível crítico 1, estabelecido para a partir de 4.300 l/s. 

Durante o balanço, o presidente da Saneago afirmou que a estatal vai investir em melhorias no sistema de abastecimento já para 2020. Segundo Ricardo Soavinski, as obras previstas para distribuição da água do Sistema Mauro Borges estão todas em licitação, ou com contratos já assinados, ou que serão oficializados em poucos dias. Elas vão atender, principalmente, a região sul de Goiânia e Aparecida de Goiânia. “São obras bastante complexas, adutoras de calibre bastante grande e não são simples de construir. Isso, é lógico, leva tempo. Mas vamos fazer estas melhorias e dar garantia que seja do mesmo jeito, ou para melhor”, conclui.

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