Hugo qualifica equipe para assistência flexível e respeitosa a pacientes testemunhas de Jeová

Palestra sobre Gerenciamento do Sangue do Paciente visa conscientizar profissionais da unidade do Governo de Goiás na abordagem de transfusão de sangue a esse grupo religioso

Médico Afonso Carvalho fala a colegas do Hugo sobre Gerenciamento do Sangue do Paciente

Para conscientizar os profissionais da assistência a respeito de estratégias clínicas para evitar a transfusão de sangue em pacientes testemunhas de Jeová, o Departamento Integrado de Psicopedagogia (DIP) do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) promoveu uma palestra sobre Gerenciamento do Sangue do Paciente (Patient Blood Management – PBM).

O médico anestesista Afonso Carvalho explicou que o PBM foi criado para possibilitar aos médicos ferramentas para trabalhar o gerenciamento e conservação do sangue do próprio paciente. “Atualmente, percebemos que o sangue é um artigo raro, pois há uma alta demanda e pouca doação, o que no futuro pode ocasionar um colapso. Os médicos que conduzem casos de anemia e sangramento precisam repensar em como fazer o tratamento sem o uso do sangue alogênico (doado), e o PBM veio para fornecer ferramentas para os profissionais trabalharem nesse sentido”, disse.

De acordo com o palestrante, as transfusões de sangue são um dos procedimentos médicos mais realizados no mundo. Porém, a literatura médica evidencia uma relação entre o uso de sangue alogênico e maiores complicações, incluindo, maior mortalidade. “O PBM tem mostrado por meio de publicações científicas robustas um melhor desfecho clínico, com redução de morbimortalidade para os pacientes e custos para o sistema de saúde”, afirmou.

Afonso Carvalho revela que o PBM trata o paciente com base em três pilares. O primeiro é o diagnóstico de anemia ou deficiência de ferro, o segundo é focado na diminuição do sangramento, perdas sanguíneas, e o terceiro otimiza a tolerância à anemia.” É preciso difundir conhecimento para que os profissionais usem outras opções para conduzir casos de anemia e sangramento”, reforçou o anestesista.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Instituto CEM

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