SES promove capacitação sobre diagnóstico e notificação de anomalias congênitas

Profissionais que atuam no pré-natal, parto e puericultura, participaram do evento, realizado no auditório do Hecad, com objetivo melhorar a qualidade do diagnóstico e notificação dessas condições

Profissionais da Saúde discutem qualidade do diagnóstico e notificação de anomalias congênitas

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) promoveu, nesta segunda-feira (14/10), no auditório do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), uma qualificação sobre diagnóstico e notificação de anomalias congênitas. A SES-GO também convidou, para o evento, profissionais responsáveis pelo preenchimento e digitação da Declaração de Nascidos Vivos (DNV), estudantes de graduação e pós-graduação nas áreas de medicina e enfermagem e coordenadores e técnicos da Vigilância e Assistência à Saúde.

A oficina foi ministrada por representantes do Ministério da Saúde (MS). “É o momento também para o fortalecimento do compromisso em garantir que cada anomalia congênita identificada seja devidamente notificada, e que isso traga reflexos positivos na saúde das crianças em Goiás, contribuindo para uma redução nas taxas de mortalidade infantil associadas a essas condições”, disse a coordenadora de leitos materno infantis, Anna Cecília da Silva Rodrigues.

As anomalias congênitas, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), são defeitos estruturais ou funcionais que se desenvolvem durante a vida intrauterina. Elas podem ser detectadas durante a gestação, no momento do nascimento ou em qualquer fase da vida. A incidência global dessas condições é alarmante, afetando de 3% a 6% dos recém-nascidos, e são responsáveis por uma significativa taxa de mortalidade infantil, sendo a segunda maior causa de óbitos nessa faixa etária no Brasil.

A partir da promulgação da Lei nº 13.6859, de 25 de junho de 2018, houve uma mudança importante na legislação brasileira: a notificação de anomalias congênitas tornou-se obrigatória por meio da Declaração de Nascido Vivo (DNV). Esse documento é fundamental para o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), que atualmente se destaca como o maior registro global de anomalias congênitas. Anualmente, o Sinasc avalia cerca de 3 milhões de nascimentos e, desses, aproximadamente 0,87% (cerca de 25 mil) são identificados com algum tipo de anomalia.

Anna Cecília fez questão de destacar o desafio para o fortalecimento na vigilância das anomalias congênitas em Goiás: “Apesar da abrangência do Sinasc em registrar anomalias congênitas, é notável um sub-registro dessas condições, quando comparado a referências internacionais. Isso indica uma necessidade urgente de aprimoramento na coleta e notificação dos dados”, pontuou.

Yara Galvão (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial SES

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