SES apresenta resultados do trabalho da saúde estadual na Assembleia Legislativa
Ao prestar contas na Casa, titular da SES destaca, entre outras ações, fortalecimento da rede pública, ampliação do acesso a consultas e procedimentos, regionalização, redução da mortalidade materna

O secretário de Estado da Saúde, Rasivel Santos, apresentou a evolução das ações e investimentos do Governo de Goiás na saúde, durante prestação de contas do relatório quadrimestral de 2025, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), nesta quarta-feira (5). “Os resultados mostram que estamos no caminho certo. A saúde pública goiana vive um novo momento, com eficiência, transparência e ampliação do acesso”, afirmou.
De acordo com o secretário, o uso do SIGO e do painel Regulatron — ferramentas que modernizaram a gestão da regulação — fez o percentual de utilização das vagas subir de 42,77%, em janeiro deste anom para 72,38%, em agosto, ampliando o acesso dos pacientes a consultas e procedimentos especializados.
“Esses números são fruto do compromisso do governador Ronaldo Caiado com a regionalização da saúde e com a valorização das equipes técnicas”, ressaltou Rasível.
Outro avanço destacado foi a redução da taxa de mortalidade prematura pelo conjunto das quatro principais Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) — diabetes, câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares —, que permanece abaixo da meta estabelecida para o ano de 2025.
O secretário também propôs aos deputados que os partos passem a ser realizados apenas em unidades que disponham de suporte completo, com obstetra e pediatra, medida que — segundo ele — é essencial para reduzir a mortalidade materna evitável. Entre essas ações, Rasível destacou o Projeto Nascer Goiás, que garante o cuidado integral da gestante e da criança até os 2 anos de idade.
A iniciativa inclui um call center para acompanhamento do pré-natal e do puerpério, casas de apoio para gestantes de risco habitual e um aplicativo de monitoramento, além da ampliação de exames e métodos de planejamento familiar, com oferta do Implanon para populações em situação de vulnerabilidade.
“O projeto tem transformado a atenção materno-infantil em Goiás, com acolhimento, monitoramento e tecnologia a serviço da vida”, pontuou.
O Estado também é referência nacional em inovação com o Projeto de Identificação Neonatal, pioneiro no País no registro biométrico do recém-nascido na sala de parto, vinculado à mãe. Outra iniciativa de destaque é o Meu PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente, que torna Goiás o único Estado a oferecer o prontuário digital diretamente ao cidadão, com acesso on-line a consultas, exames, vacinas, agendamentos e histórico de saúde.
Na área de comunicação com o cidadão, o Canal Saúde Goiás já alcançou 360 mil pessoas, com mais de 50 mil mensagens enviadas em campanhas como as da influenza e do Meu PEP. A ferramenta permite que o cidadão acompanhe agendamentos de consultas, exames, cirurgias e posição na fila em tempo real.
Investimentos e expansão
Entre as entregas estruturantes, o secretário destacou a inauguração do Hospital Estadual de Águas Lindas Ronaldo Ramos Caiado Filho (Heal), que recebeu R$ 157 milhões em investimentos.
A unidade conta com 164 leitos — dos quais 40 são de UTI — e 22 consultórios, ampliando a capacidade hospitalar e a cobertura regional. Também foi inaugurado o Complexo Oncológico de Referência (Cora), reforçando o cuidado especializado no tratamento do câncer infantojuvenil.
Rasível Santos ressaltou ainda o trabalho de auditoria e controle desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, que garante transparência e eficiência na aplicação dos recursos públicos.
“O investimento mínimo obrigatório para os Estados é de 12%. Em 2025, Goiás vai atingir 16% de aplicação em saúde, o que demonstra nosso compromisso com o cuidado, a eficiência e a vida dos goianos”, afirmou.
Repasses federais
O secretário também pediu apoio dos deputados para a recomposição dos repasses federais, explicando que Goiás tem recebido 17% a menos que outros Estados. O Governo de Goiás ingressou com ação cível originária no STF para garantir a recomposição do teto MAC, no valor de R$ 400 milhões. “Estamos cobrando do Governo Federal o que é de direito do Estado, para que possamos fazer ainda mais pela população goiana”, destacou.
Ao fim da audiência, Rasível Santos respondeu a perguntas e sugestões dos parlamentares sobre temas como gestão das unidades por organizações sociais (OSs), superlotação hospitalar e expansão da rede.
Sobre a superlotação nas unidades da rede estadual, destacou as ações em curso no Hugo, Hugol, Heana e Heapa, incluindo o rodízio hospitalar e outras iniciativas que têm contribuído para a melhoria da assistência. “O Hugo, por exemplo, está há 23 dias sem pacientes nos corredores”, afirmou.
Participaram também da reunião o subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde, Luciano Moura; a subsecretária de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim; e a superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde, Paula dos Santos Pereira, entre outros gestores.
Lara Eduarda (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial


