Projeto Vila Papelão transforma Natal do Cresm

Ação amplia cuidado e fortalece acolhimento por meio da arte e da sustentabilidade 

Decoração natal produzida pelos pacientes do Cresm utilizando papelão

 O Complexo de Referência Estadual em Saúde Mental Prof. Jamil Issy (Cresm), unidade do Governo de Goiás, realizou uma decoração especial de Natal por meio do projeto Vila Papelão, iniciativa conduzida pela equipe multiprofissional da unidade, que utilizou exclusivamente materiais reciclados, com destaque para o papelão.

Mais do que ornamentar o ambiente, a proposta teve como foco o cuidado e a humanização do espaço hospitalar, compreendendo o Natal como experiência terapêutica, processo criativo e possibilidade de ressignificação, especialmente em contextos de internação e tratamento em saúde mental.

A escolha do papelão, material simples, acessível e muitas vezes descartado, dialoga diretamente com a realidade vivenciada pelos pacientes. “Pensar o Natal como experiência, como processo e como possibilidade terapêutica foi o nosso principal objetivo”, explica a psicóloga hospitalar Jeniffer Divina Batista Silva.

Cuidado que se constrói em conjunto

Todos os núcleos do Cresm participaram ativamente das atividades propostas pelo projeto, envolvendo pacientes e profissionais em momentos de criação, troca e convivência. A decoração foi concentrada no Núcleo B, espaço que sediou o tradicional Almoço de Natal da unidade em 2025.

Durante a construção do cenário, os pacientes colocaram as mãos em ação, vivenciando experiências de expressão de sentimentos, criatividade e fortalecimento de vínculos. “Nesse fazer, eles puderam perceber que é possível transformar algo e também se transformar”, destaca Jeniffer.

A ação fortaleceu o trabalho em equipe, a comunicação entre os profissionais e contribuiu para a redução da ansiedade, o estímulo ao sentimento de pertencimento e a participação ativa dos pacientes no ambiente hospitalar. “Esse foi o nosso Natal: feito de papelão, de mãos, de encontros e, principalmente, de significado”, conclui a psicóloga.

Crispiano Filho (texto e foto)/Abevida

Governo na palma da mão

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