Peça produzida em tamanho real, por meio de exames de imagem, contribui para definição da abordagem cirúrgica de caso raro de paciente cardiopediátrico na unidade do Governo de Goiás

Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em parceria com o Laboratório de Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo da Universidade Federal de Goiás (Ipelab/UFG), realizou a primeira impressão tridimensional de um coração real no Estado de Goiás. As impressões estão sendo utilizadas para definição cirúrgica do caso de um paciente pediátrico, de apenas 13 dias, com duas cardiopatias congênitas.

A impressão é uma réplica exata do coração do paciente, produzida a partir de exames de imagem realizados no Hugol. A responsável pela conquista é a médica especialista em imagens de cardiopatia congênita Mayra Barreto, que realizou os exames de imagem e conseguiu apoio para fazer as impressões. O procedimento, considerado de alto custo, foi realizado gratuitamente pela UFG.

“Só foi possível realizar a impressão do coração de forma tão precisa graças à tecnologia em exames de imagem que temos aqui no Hugol. Nosso tomógrafo já era muito bom. Agora, com a aquisição de dois novos tomógrafos ainda mais tecnológicos, o Hugol não fica atrás de nenhum hospital, nem mesmo particular”, comparou.

Caso raro
A médica explicou que a réplica foi utilizada para decidir qual abordagem cirúrgica seria adotada, visando garantir a segurança e o bem-estar do paciente. “Trata-se de um caso extremamente raro e de grande complexidade. A impressão em 3D é fundamental para auxiliar a equipe médica no planejamento pré-operatório”, ressaltou dra. Mayra.

“Essa impressão é uma réplica exata do coração do paciente, permitindo que a equipe médica explore todas as possibilidades e trace o melhor caminho para o procedimento”, acrescentou. O plano definido com base nos estudos com a impressão foi realizado na quarta-feira (20/02) pela equipe de hemodinâmica da unidade do Governo de Goiás.

O Hugol é referência no tratamento de cardiopatia congênita. Desde a abertura do serviço, em 2020, já realizou 388 procedimentos, a maioria deles casos raros e de alta complexidade. A unidade também dispõe de dez leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) pediátricas exclusivas para esses casos. O Hugol ainda investe constantemente em tecnologia para aprimorar as abordagens, trazendo benefícios aos pacientes e usuários.

Juliana França (texto) e Rômulo Santos (foto)/Agir