Hugo reforça a importância da higienização das mãos e do protocolo de sepse

Embora simples na essência, medidas são cruciais para garantir segurança dos pacientes, qualidade da assistência e principalmente, salvar vidas

A higienização das mãos é reconhecida como a ação mais eficaz e acessível para prevenir a disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar

No Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) duas práticas fundamentais se destacam no enfrentamento de infecções hospitalares e na luta contra a sepse: a higienização correta das mãos e a aplicação rigorosa de um protocolo multiprofissional. Ambas as medidas, embora simples em sua essência, são cruciais para garantir a segurança dos pacientes e a qualidade da assistência.

A conscientização sobre a importância da higiene das mãos começa desde o primeiro dia de trabalho dos colaboradores, mas o tema segue sendo abordado durante a integração dos profissionais, com reforço prático da equipe de Ensino. Além disso, são inseridos de dois a três treinamentos anuais em todo o hospital.

A diretora médica do Hugo, Fabiana Rolla, ainda destaca que embora pareça um hábito trivial, a higienização das mãos tem fundamental importância dentro de uma unidade de saúde e estrategicamente se soma a outras iniciativas importantes. “Com ações simples, treinamentos constantes e protocolos bem estabelecidos, o Hugo reafirma seu compromisso com a segurança do paciente e a excelência na assistência hospitalar”, reforça.

Ambientes hospitalares são naturalmente colonizados por microrganismos e os pacientes são suscetíveis. Também por isso, a higienização das mãos é reconhecida como a ação mais eficaz e acessível para prevenir a disseminação. “Pode ser feita com água e sabão ou com álcool, que tem eficácia microbiológica comprovada e acesso facilitado nos corredores e próximos aos pacientes”, afirma Larissa Diniz, coordenadora de enfermagem do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) da unidade.

De acordo com a coordenadora, a medida pode literalmente prevenir a morte de um paciente em casos mais graves, e tem impacto direto na redução das Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (Iras), especialmente em pacientes com baixa imunidade. A prática segue os “Cinco Momentos para Higienização das Mãos”, conforme recomendação da Anvisa: antes do contato com o paciente; antes de realizar procedimento limpo ou asséptico; após exposição a fluidos corporais; após contato com o paciente; e após contato com áreas próximas ao paciente.

Identificação precoce
Reforçando diferentes práticas e treinamentos, o Hugo também se destaca pelo comprometimento com o protocolo institucional de sepse, que envolve identificação precoce, resposta rápida e tratamento eficaz. A sepse, popularmente chamada de infecção generalizada, é uma condição médica grave provocada por uma reação desregulada do organismo diante de uma infecção. Em vez de combater apenas o agente invasor, o sistema imunológico passa a atacar também os próprios tecidos e órgãos do corpo, o que pode resultar em falência múltipla e, nos casos mais severos, levar à morte. A higienização das mãos, é também uma aliada essencial nesse processo. Com isso, está presente em todos os pontos do protocolo de sepse e é reforçada como componente indispensável na prevenção de infecções associadas. É o primeiro passo em qualquer atendimento.

A gerente de Qualidade da unidade, Aline de Sá, explica que o processo de classificação de casos começa já na triagem. “A identificação precoce ocorre por meio da avaliação sistemática de sinais clínicos e laboratoriais. A equipe é orientada a estar atenta desde a admissão a qualquer sinal de infecção com disfunção orgânica.”

O protocolo é multiprofissional e integrado. Envolve enfermeiros, médicos de diversas especialidades, farmacêuticos e equipes de apoio laboratorial. O fluxo de triagem permite o reconhecimento precoce da sepse. A meta é iniciar as intervenções – como administração de antibióticos, exames laboratoriais e hidratação – dentro da primeira hora após a suspeita, conforme preconizado pela Surviving Sepsis Campaign.

Essas intervenções fazem parte do “Pacote 1h da Sepse”, como padrão assistencial e monitora indicadores como tempo para início do antibiótico, taxa de mortalidade e adesão ao protocolo. Os dados são avaliados mensalmente, apresentados em reuniões com lideranças e compartilhados com as equipes por murais, boletins e dashboards institucionais. Em caso de falhas, são realizadas análises e ações corretivas.

Texto: Carolina Pessoni / Einstein
Foto: Freepik

Governo na palma da mão

Acessar o conteúdo