Herso faz captação rara de pulmão para transplante

Hospital Estadual de Santa Helena é destaque em captação de órgão

Profissionais do Herso durante procedimento de captação de órgãos no centro cirúrgico

O sim dado pela família de um jovem de 32 anos ressignificará a vida de, pelo menos, sete pacientes. Na noite desta quarta-feira, dia 6, o Hospital Estadual de Santa Helena Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso) realizou sua oitava captação de órgãos em 2024. O doador, um homem, teve diagnóstico de morte encefálica após um acidente de trânsito.

Foram captados o coração, pulmão, rins e córneas. O coração e o pulmão foram enviados para São Paulo, enquanto os rins e córneas permaneceram em Goiás. O coordenador da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) do Herso, Rafael Pereira, explica que a logística para captação de órgãos requer uma coordenação eficiente entre hospitais, equipes médicas, transporte especializado e órgãos responsáveis.

“Essa atuação conjunta garante a retirada, preservação e transplante dos órgãos de forma rápida e segura, minimizando o tempo de isquemia, intervalo entre a retirada do órgão do doador e o implante no receptor, e maximizando a viabilidade dos órgãos”, comentou.

O coordenador destacou que a doação de pulmão é rara, devido à complexidade do processo de avaliação, compatibilidade e preservação, além das condições específicas exigidas para garantir a viabilidade do órgão para transplante.

Segundo Rafael, a Cihdott é essencial para coordenar e viabilizar a doação de órgãos de forma ética, segura e eficiente, realizando a busca ativa diária no hospital para identificar possíveis casos de morte encefálica. “Temos a responsabilidade de identificar potenciais doadores, garantir que todos os procedimentos legais e médicos sejam seguidos e proporcionar o suporte necessário para as famílias envolvidas”, frisou.

A comissão também atua na sensibilização e educação da sociedade sobre a importância da doação de órgãos, ajudando a aumentar a conscientização e as taxas de doação. “A doação faz a diferença entre a vida e a morte para muitos pacientes em lista de espera”, revelou.

Desejo de Doação
O desejo de doar órgãos é um ato de solidariedade que pode salvar vidas e oferecer uma nova chance a quem precisa de um transplante. Para que essa vontade se concretize, basta informar esse desejo à família.

“É importante que todos saibam da sua intenção quanto à doação, sem necessidade de registro em qualquer documento”, finalizou Rafael.

Hélmiton Prateado (texto e foto) / IPGSE

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