Hemu realiza capacitação sobre prevenção de quedas em pacientes

Voltado para todos os profissionais do Hospital Estadual da Saúde da Mulher, qualificação tem como objetivo reforçar a segurança dos pacientes

Atualizações são ministradas até quarta-feira pelos residentes de fisioterapia Lucas Silvério e Suellen Moreira 

Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países desenvolvidos variou entre 3 a 5 quedas por mil pacientes-dia. Em hospitais brasileiros, observou-se uma incidência de quedas entre 0,3 a 1,7 para cada mil pacientes-dia. No Hospital Estadual da Mulher (Hemu), nos últimos sete meses, a taxa de queda ficou em 0,02. Uma das atitudes que vêm contribuindo para essa baixa incidência, além das medidas preventivas adotadas pela unidade, é a capacitação, realizada periodicamente entre seus colaboradores.

Organizada pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e setor de fisioterapia, o hospital deu início, na segunda-feira (29/8), a mais um treinamento sobre prevenção de quedas, no intuito de reforçar a importância da conscientização sobre a cultura de segurança do paciente para melhorar ainda mais a assistência. As atualizações, que serão realizadas, diariamente, até quarta-feira (31/8), são ministradas pelos residentes de fisioterapia Suellen Moreira e Lucas Silvério.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a  queda é a segunda maior causa de morte acidental no mundo, responsável por 424 mil óbitos/ano. Entre as quedas que não causam morte, 37 milhões requerem cuidados especializados de saúde. Pacientes hospitalizados apresentam maior risco de quedas, devido a vários fatores. 

Por esses motivos, a prevenção de quedas tem se tornado uma questão prioritária na área da saúde, configurando-se uma das metas internacionais de segurança da OMS e um dos protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

Temas abordados
Na capacitação, foram abordados os seguintes temas: o conceito de queda, fatores de risco, protocolo de prevenção de quedas, classificação de risco de queda (Morse e Humpty Dumpty), indicadores da unidade, medidas preventivas, transporte seguro, alerta para as notificações, instrumentos utilizados para orientar pacientes e acompanhantes, por fim, fluxo de admissão e avaliação no Hemu.

Os palestrantes ressaltaram a importância da notificação e lembraram que se considera queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. O monitoramento do incidente é uma importante estratégia para subsidiar medidas preventivas e orientar a gestão nas ações de cuidado e segurança do paciente. 

Segundo a enfermeira Lilian Fernandes, coordenadora do NSP e especialista em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, o trabalho de identificação do paciente começa já na admissão, com a definição se a pessoa tem baixo ou alto risco de queda.

No Hemu, o risco assistencial relacionado à queda é identificado por um botton na cor amarela, na pulseira de identificação do paciente e à beira-leito. A coordenadora espera que todos os profissionais da unidade participem da capacitação, para dar continuidade aos ótimos resultados apresentados, assegurando qualidade e segurança aos pacientes.

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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