Hemu promove roda de conversa sobre humanização na assistência obstétrica

Com a participação ativa de médicos, residentes e enfermeiros obstétricos, a ação proporcionou troca de experiências e conhecimentos, promovendo uma abordagem mais centrada na paciente

O Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) promoveu, por meio da coordenação de obstetrícia e diretoria técnica, uma roda de conversa abordando a humanização na assistência obstétrica e o combate à violência obstétrica. A ação, voltada para médicos obstetras, residentes e equipe de enfermagem, ocorreu na segunda-feira (18/12), no auditório da unidade do Governo de Goiás.

Em um esforço para elevar ainda mais os padrões de atendimento, a equipe do Hemu organizou um encontro que, além de estimular uma reflexão profunda sobre a importância da humanização no acompanhamento obstétrico, reuniu especialistas da área para falar sobre o assunto como: Polyanna Mattedi, médica obstétrica do Grupo Humaniza Gyn; Renata Lopes, enfermeira obstétrica e mestre em gestão organizacional; e Maria Carla Baeta, advogada e assessora jurídica do Instituto de Gestão e Humanização (IGH). A roda de conversa proporcionou um espaço único para discutir estratégias e práticas que contribuam para a construção de um ambiente mais acolhedor.

As palestrantes Polyana Mattedi e Renata Lopes destacaram a necessidade de abordagens personalizadas que respeitem a individualidade de cada gestação. Conforme enfatizado durante a roda de conversa, a humanização na assistência obstétrica vai além do aspecto técnico, abrangendo o apoio emocional, o respeito à autonomia da mulher e uma comunicação eficaz.

“O objetivo da assistência humanizada é deixar que o processo fisiológico de parir aconteça, numa postura respeitosa quanto aos desejos e necessidades da mãe e do bebê. Não cabe a nós obrigar e sim orientar”, pontuou a obstetra Polyana. “Como unidade escola, precisamos ter cautela na entrada da sala de parto e sempre lembrar dos três pilares do parto humanizado: autonomia, acolhimento e respeito”, disse a enfermeira Renata.

Violência obstétrica
A abordagem específica sobre a violência obstétrica feita pela advogada Maria Carla reflete a preocupação do hospital em erradicar práticas que possam comprometer não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional das parturientes. O debate sensibilizou os profissionais de saúde para a importância de reconhecer e combater qualquer forma de violência, promovendo uma assistência baseada na empatia e no respeito. “Temos que ter cuidado com as intervenções desnecessárias, feitas no automático. É importante dar à paciente o papel de protagonista do seu parto”, afirmou a advogada.

Para a preceptora da Residência de enfermagem obstétrica, Alinne de Sá, a ação destaca o papel fundamental da instituição como referência em média e alta complexidade. “Achei muito boa a roda de conversa. Gerou muitas discussões, contribuindo para as boas práticas de atenção ao parto humanizado, evidenciando o comprometimento da unidade”, avaliou.

“Essa ação evidencia o comprometimento do Hospital Estadual da Mulher em não apenas tratar condições clínicas, mas também em promover um ambiente de cuidado que considere a singularidade de cada gestação”, concluiu a coordenadora da Obstetrícia, Ramylla Magalhães.

“O Hemu tem um requisito enorme de sermos referência. Ao proporcionarmos momentos de reflexão e aprendizado, reforçamos nosso papel como defensores da qualidade de vida e dignidade das mulheres em uma das fases mais significativas de suas vidas, além de provedores de serviços de saúde. Essa roda de conversa fortaleceu os laços interprofissionais e reforçou o compromisso coletivo com a melhoria contínua na prestação de cuidados”, destacou a diretora técnica Cristiane Carvalho.

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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