Projeto inovador do Governo de Goiás visa reforçar a segurança e garantir a cidadania, desde os primeiros instantes de vida, com a identificação neonatal feita por biometria digital

O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) foi a unidade escolhida para ser a pioneira no Estado a receber a iniciativa, que promete transformar os protocolos de segurança no momento do nascimento. 

Nos dias 19 e 20, a coordenação da Rede Materno-Infantil da Superintendência de Políticas e Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (Spais/SES-GO) promoveu um treinamento teórico e prático que envolveu 15 profissionais da maternidade e da Polícia Civil.  

A parte teórica envolveu informações sobre o conceito da biometria infantil, como é feita, qual equipamento é utilizado, a importância da identificação dos recém-nascidos, os desafios e a necessidade de promover a identificação dessa faixa etária, uso do sistema, medidas de biossegurança no ambiente hospitalar e rotinas de sala de parto. A  prática ocorreu com turmas mistas de profissionais da Polícia Civil e da maternidade e envolveu a coleta das digitais da mãe e do bebê, e uso do sistema de identificação.

A ação faz parte do projeto Identificação Neonatal Goiás, que prevê a coleta das impressões digitais da mãe e do recém-nascido ainda na sala de parto, integrando esses dados ao sistema da Polícia Civil. De acordo com Bruna Ramos, superintendente adjunta da Superintendência de Identificação Humana da Polícia Civil, o principal objetivo do projeto é garantir segurança e autenticidade na identificação dos bebês.

“A primeira verificação acontecerá na sala de parto, com a coleta das digitais da parturiente e do recém-nascido. Depois, no momento da alta hospitalar, é realizada nova verificação para garantir que o bebê está saindo com a mãe correta. Com isso, buscamos não só a segurança do recém-nascido, mas também o combate a crimes como tráfico de crianças, sequestros, trocas  de bebês e subregistros civis”, pontuou.

“Essa proposta vai contribuir para a segurança do paciente e das famílias, proporcionando a certeza de que estão levando seu bebê para casa com tranquilidade. Além disso, reforça a preocupação do Estado com a criança e com a primeira infância, que é a fase mais vulnerável do ciclo de vida”, destacou Anna Cecília Rodrigues, coordenadora de leitos materno-infantil da Spais.

“Essa atenção está presente em diversas áreas. Na saúde, por exemplo, há a reorganização da linha materno-infantil e o lançamento da Rede Nascer em Goiás.  A segurança pública veio somar esforços com o projeto de identificação neonatal, trazendo ainda mais proteção e cuidado para nossas crianças”, ressaltou.

Após a verificação biométrica, a proposta é que os bebês já possam solicitar a emissão da carteira de identidade ainda na maternidade, garantindo que a vida civil comece de forma segura e documentada. Para a diretora operacional do HEMNSL, Flávia Rosemberg, é uma honra ser a primeira maternidade do Estado a integrar esse projeto. “É um privilégio sermos pioneiros em uma ação tão importante. Proporcionar esse nível de segurança às nossas mães e aos nossos bebês nos enche de orgulho.”

Aprovação
As mães que participaram do treinamento prático aprovaram a iniciativa. Antônia Conceição, mãe da pequena Ayumi, afirmou sentir mais tranquilidade com a novidade. “É uma segurança a mais para nós. Saber que existe esse cuidado com a identificação da minha filha me deixa mais tranquila. A gente já ouviu tantas histórias preocupantes, e esse projeto traz mais confiança.”

Para Yasmim Moraes, mãe da Laura, a iniciativa também representa um avanço significativo. “É muito importante saber que estão pensando na proteção dos nossos filhos desde o nascimento. Me senti muito mais segura.” 

O projeto-piloto, após ser consolidado no HEMNSL, será gradualmente estendido a outras maternidades públicas do Estado. A identificação neonatal com biometria digital representa um grande avanço na proteção da infância, reforçando o compromisso do Governo de Goiás com a segurança e os direitos dos seus cidadãos desde o primeiro dia de vida. 

Marilane Correntino (texto e foto) e Doris Costa (foto)/IGH