HDT alerta sobre combate à infecção hospitalar

Neste 15 maio é celebrado o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, que atinge 14% das internações hospitalares, segundo a Organização Mundial de Saúde

O ambiente hospitalar é uma das fontes de surgimento e transmissão de germes com resistência maior aos antibióticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações, por fatores como a vulnerabilidade do paciente e falhas nas medidas de prevenção.

Complicação relacionada à assistência à saúde, a infecção hospitalar ocorre após uma internação hospitalar, na maioria das vezes, por assistência aplicada de forma inadequada por determinado período de tempo.

A Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Estadual de Doenças Tropicais (HDT), Patrícia Souza, aponta que alguns procedimentos invasivos podem ser uma oportunidade de risco à infecção, como, por exemplo, o uso do cateter venoso central, da sonda vertical e da ventilação mecânica. “Todos esses procedimentos invasivos, se não utilizados adequadamente, em tempo certo, e tomadas as medidas de controle corretas, tornam-se risco de infecção”, explica.

Prevenção

A coordenadora do SCIH da unidade, integrante da rede da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), alerta que a melhor forma de prevenir são as precauções padrões, como higienização das mãos, uso correto de equipamento de proteção individual – luvas, capote e óculos, que evitam que os microrganismos sejam propagadas de um paciente para outro. Também fazem parte dos procedimentos de controle de infecção os cuidados básicos com o manejo correto dos resíduos e as medidas de higiene do ambiente.

Patrícia ainda esclarece que existe uma diferença entre os germes do dia a dia e os de ambientes hospitalares. “No hospital, sobretudo devido ao uso de antimicrobianos, esses germes se tornam muito mais resistentes. Por sua vez, essa resistência dificulta o tratamento, uma vez que se esgotam as opções terapêuticas para os profissionais poderem tratar os pacientes”.

Essa resistência microbiana aos antibióticos acaba influenciando no aumento do tempo de internação de um paciente e até na mortalidade. Por isso, o risco de infecção hospitalar é uma preocupação constante para os profissionais de saúde.

Patrícia Borges, do ISG

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo