HCN atinge marca de 30 captações de órgãos e reforça compromisso com a vida

Captação de rins e córneas foi realizada com apoio da Central Estadual de Transplantes e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás

A doação só acontece com autorização da família, por isso é importante comunicar o desejo de se tornar um doador ainda em vida

O Hospital Estadual do Centro Norte Goiano (HCN), unidade do Governo de Goiás sob gestão do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), realizou na última quarta-feira (30/10) sua 30ª captação de órgãos. Este foi o nono procedimento realizado apenas em 2025, consolidando o hospital como referência estadual na promoção da cultura da doação e no apoio às famílias doadoras.

A autorização partiu da família de um jovem de 23 anos, após a confirmação de morte encefálica, seguindo todos os protocolos clínicos e legais. Foram captados rins e córneas, encaminhados à Central Estadual de Transplantes de Goiás (CET-GO), que fará a destinação a pacientes que aguardam na fila única do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Trabalho em equipe e acolhimento
A captação foi conduzida pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HCN, com apoio da equipe da Central Estadual de Transplantes, da Fundação Banco de Olhos e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), responsável pelo transporte aéreo da equipe e dos órgãos.

A CIHDOTT acompanha todas as etapas do processo, desde a identificação do potencial doador até o suporte aos familiares, garantindo acolhimento, empatia e transparência nas informações. A atuação de profissionais de diferentes áreas médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas é essencial para transformar um momento de luto em solidariedade e esperança.

Segundo a vice-presidente da cihdott e coordenadora de uma das UTIs Adulto do HCN, Kellen Lopes, é fundamental ampliar o diálogo sobre o tema. “A doação de órgãos é um gesto de amor. É importante que as pessoas falem sobre isso em vida e expressem seu desejo de ajudar o próximo, porque o ‘sim’ da família é o que torna possível salvar outras vidas.”

Como doar
A doação de órgãos e tecidos após morte encefálica só pode acontecer com autorização da família. Por isso, é essencial manifestar o desejo de ser doador ainda em vida e compartilhar essa decisão com os familiares um gesto simples que pode mudar o destino de muitas pessoas e oferecer a chance de um recomeço a quem mais precisa.

Victor Weber (texto) e Cristiano Martins (Foto)/Imed

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