Epizootias


É um conceito utilizado na saúde pública veterinária para qualificar a ocorrência de um determinado evento em um número de animais ao mesmo tempo e na mesma região, podendo levar ou não a morte. As principais são: Dengue, Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental, encefalite de Saint Louis, Mayaro, Oropouche, Chikungunya e Encefalites Eqüinas. A vigilância em epizootias, mais especificamente em primatas não humanos, tem como objetivo a prevenção de casos humanos de febre amarela através da identificação precoce da circulação viral na população de macacos mortos ou doentes (vigilância passiva). Goiás ainda não possui um sistema eficiente para a vigilância preventiva de febre amarela através da vigilância epidemiológica em primatas não humanos, sendo as notificações inconsistentes e com baixa porcentagem de conclusão pelo resultado laboratorial, além da falta de cultura de notificação da doença e da baixa taxa de coleta de material para realização de exames – que mesmo quando feitas, esbarram na questão da coleta e/ou acondicionamento incorretos, o que impossibilita o fechamento laboratorial. Outro fator que agrava as inconsistências é o descompasso entre os vários setores da área da saúde que trabalham as epizootias, fora a própria ausência de um Programa Estadual de Epizootias implantado – e que faz parte do planejamento para o próximo quadriênio.

Entre 2007 a 2011, pelo sistema SinanNet/SUVISA foram registradas um total de 50 notificações de epizootias – 6 em 2007, 9 em 2008, 10 em 2009, 11 em 2010 e 14 em 2011.

 









 

 



Fonte: Coordenação de Zoonoses/SUVISA/SES-GO

Levantando de dados junto ao LACEN/SES-GO, relacionados às coletas de material provenientes de PNH, constatou-se uma taxa de aproximadamente 12,09% de soropositividade para febre amarela, entre 2007 e 2011. Dados como esses, conjuntamente com informações sobre a situação do local da ocorrência e a cobertura vacinal da região, são fundamentais para verificarmos a pertinência de se desenvolver uma campanha de vacinação preventiva à incidência da febre amarela.

 

ANO

PNH

POSITIVOS

NEGATIVOS

SEM RESULTADO

2007

07

03

04

2008

47

07

40

04

2009

15

01

14

2010

10

10

01

2011

12

12

01

Fonte: Dados cedidos pela Seção de Entomologia/LACEN/SES-GO (Dados até março de 2012).


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