Doença infecciosa, causada por protozooário flagelado, de curso clínico crônico, que se caracteriza por fase inicial aguda, com sinais e/ou sintomas quase sempre inespecíficos, quando presentes, e que pode evoluir para a fase crônica, com comprometimento cardíaco (cardiopatia chagásica) ou digestivo (megaesôfago e megacólon). O Agente etiológico é o Trypanosoma cruzi. A transmissão natural, ou primária, da doença de Chagas é a vetorial, que ocorre através das fezes dos triatomíneos, também conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”. Em 2000, Goiás recebeu o certificado da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que considerou o território indene ao Triatoma infestans.Cada município possui o sistema implantado PCDCh e com equipe técnica, responsáveis pelas pesquisas nos domicílios e naqueles considerados positivos, são efetuadas as borrifações. A metodologia operacional utilizada é a pesquisa de campo (Visita Domiciliar – VD), e Pontos de Informações de Triatomíneos (PIT), onde são feitos o recolhimento dos triatomíneos e encaminhamento a cada quinze dias para os laboratórios regionalizados distribuídos no Estado. 10% das amostras são enviadas para o LACEN/GO para a revisão, e, posteriormente são reenviadas para o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG), da Universidade Federal de Goiás, para controle de qualidade. Em 2010 ocorreram 04 casos de chagas aguda congênita detectado pelo teste da mamãe. No período de 2007 a 2011 foram pesquisadas 193.102 Unidades Domiciliares (UD), borrifadas 7.587, o que representou 3,92% das UD pesquisadas (PCDCh).Os municípios estão classificados em: alto risco, os que apresentaram acima de 13 insetos (63 municípios); médio risco, entre 6 e 13 insetos (99 municípios); baixo risco, aqueles que apresentaram menos de 6 insetos (84 municípios).

 Fonte: PCDCh/Coordenação de Zoonoses/SUVISA/SES-GO

• Cartilha – Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil