Entre os dias 2 de agosto e 9 de setembro, trabalhadores da saúde, gestores, representantes da população e componentes da sociedade civil organizada vão participar de amplos debates com o objetivo de definir propostas para a composição de políticas públicas de vigilância em saúde.

Entre os dias 2 de agosto e 9 de setembro, trabalhadores da saúde, gestores, representantes da população e componentes da sociedade civil organizada vão participar de amplos debates com o objetivo de definir propostas para a composição de políticas públicas de vigilância em saúde. Tais discussões serão realizadas nas Conferências Regionais de Vigilância em Saúde, programadas para acontecer nos 18 municípios-sede das Regiões de Saúde do Estado.

A realização destas conferências está sendo coordenada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) em parceria com o Conselho Estadual de Saúde, vinculado à SES-GO. A superintendente da Suvisa, Maria Cecília Martins Brito, antecipa que as conferências representam uma oportunidade para maior visibilidade do papel desempenhado pela Vigilância em Saúde em favor da saúde da população em todos os locais do País. “Na prática tais conferências regionais representam a possibilidade de a Vigilância em Saúde se fazer reconhecida como a área da Saúde que não deixa as pessoas adoecerem em função das ações protetivas e preventivas que desenvolve.”

A superintendente acrescenta que a Suvisa tem o grande desafio de estruturar a Política Nacional de Vigilância em Saúde no País, tendo como fundamento as variadas demandas da sociedade. Ela destaca que durante as conferências regionais, os representantes da comunidade terão a possibilidade de expor os agravos que enfrentam e o que esperam da Vigilância em Saúde.

“A Suvisa precisa saber quais são os principais problemas de saúde que acometem aquele local, aquele território, para fazer a intervenção necessária.”, destaca Maria Cecília. Além disso, as conferências regionais têm o mérito de reconhecer o valor do agente que faz a Vigilância em Saúde, desde o fiscal às pessoas que alimentam e analisam os dados, que cuidam do ambiente e da saúde do trabalhador.

Vigilância municipal

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Liorcino Mendes, informa que foram realizadas Conferências Municipais de Vigilância em Saúde em mais de 100 municípios goianos. Em tais debates, foram escolhidos os delegados que vão participar das 18 conferências regionais. Ele assinala que nas conferências regionais os representantes da população terão a possibilidade de levar à discussão temas como as consequências do uso de agrotóxicos, a incidência de câncer, as epidemias, as doenças negligenciadas, entre tantos outros.

Liorcirno Mendes acentua, ainda, que as conferências regionais serão um espaço para os representantes discutirem porque grande parte dos municípios ainda é desprovida de uma estrutura de Vigilância em Saúde. Esta área da saúde existe em nível federal e estadual e nos maiores municípios do Estado. Na avaliação de Liorcino Mendes, a estruturação da Vigilância em Saúde Municipal é fundamental para que haja a fiscalização em todos os níveis, desde o espetinho vendido na calçada aos alimentos industrializados e medicamentos.

Nas 18 Conferências Regionais de Vigilância em Saúde serão eleitos os delegados que vão participar da Conferência Estadual de Vigilância em Saúde, prevista para ser realizada entre os dias 5 e 7 de outubro, em Goiânia. A Conferência Nacional de Vigilância em Saúde vai acontecer em Brasília, no início de novembro.

CRONOGRAMA DAS CONFERÊNCIAS REGIONAIS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE