Comitiva do MS conhece ações da SES de combate à dengue, chikungunya e zika

Objetivo da visita é a troca de experiências sobre as ações de vigilância relacionadas a doenças causadas por arboviroses

Técnicos do Ministério da Saúde durante encontro com equipe da SES na sala de reunião do Conecta SUS.

Gestores da Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebem, nesta terça e quarta-feira (17 e 18/5) uma comitiva do Ministério da Saúde (MS) para a troca de experiências das ações de vigilância relacionadas a doenças por arboviroses. Nesta manhã, a visita foi realizada no Conecta SUS, onde os técnicos do MS conheceram os sistemas de informação da SES e, ainda, o quadro epidemiológico da dengue, chikungunya e zika. Até amanhã, serão uma série de visitas e reuniões com o foco em novas parcerias.

O coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da SES-GO, Murilo do Carmo, ressaltou a importância desse diálogo com o MS. “Essa proximidade entre o ministério e o Estado é fundamental, pois muitas políticas públicas que adotamos são do governo federal. É uma possibilidade de conhecer o que os outros Estados estão fazendo, trazer novas parcerias, somando esforços para melhorar o cenário epidemiológico”, ressaltou. 

O coordenador ainda comentou que insumos e inovações para o trabalho de controle de arbovirose vêm do MS e, por isso, a gestão da secretaria precisa estar próxima. E ressaltou a preocupação com o aumento do número de casos de dengue. No ano passado, nas 18 primeiras semanas epidemiológicas (do início de janeiro a 7 de maio), foram confirmados 24.376 casos de dengue em Goiás. Neste ano, no mesmo período, a SES-GO confirmou 73.652 registros da doença, o que corresponde a um aumento de 300,09%.

O médico veterinário Geovane San Miguel, do MS, comentou que o objetivo da visita é reaproximar os Estados e municípios com a pasta federal. “Nestes dois anos de pandemia, houve um afastamento natural, e agora é o momento desta troca de conhecimento, conhecer as realidades e os problemas relacionados à arbovirose e buscar soluções em conjunto”, disse. Ele ainda lembrou que, para reduzir os casos de dengue, é preciso um trabalhar em parceria. 

O consultor do ministério Luiz Carlos Júnior também esteve na reunião. O profissional destacou que a missão da visita é um acompanhamento do trabalho que a secretaria vem desenvolvendo no combate às arboviroses e dar o apoio necessário para a qualificação das ações. “Existe uma preocupação do MS com relação ao aumento de casos de determinadas doenças, como por exemplo a dengue, e precisamos aproximar mais dos Estados”, enfatizou.

Em relação ao sistema de informação da SES-GO, Luiz Carlos disse que é moderno e muito bem arquitetado. “A plataforma é robusta e, de fato, ajuda muito na vigilância em saúde, que é o seu objetivo central. Com o uso correto da tecnologia, estaremos sempre um passo à frente para evitar epidemias e salvar vidas”, avaliou.

Notificações
Além do aumento de 300% dos casos de dengue, as notificações da secretaria também revelam que, neste ano, ocorreram 36 mortes decorrentes da doença. Outros 127 óbitos estão em investigação. 

Até 2021, a chikungunya registrou um surto no Estado, em Bom Jesus de Goiás, e circulação viral em 43 municípios. Neste ano, a doença apresenta crescente número de notificações e confirmações de casos. 

Os registros da SES-GO revelam que houve avanço de 181% no número de casos de chikungunya no Estado neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2021, nas 18 primeiras semanas epidemiológicas, a SES-GO confirmou 548 casos da doença. Neste ano, até o momento, foram confirmados 3.303 casos em 52 municípios. Até o momento não foi registrado nenhum óbito relacionado à doença.

Embora tenha menos possibilidade de levar o paciente à morte, a chikungunya é considerada uma doença grave, tem um período mais prolongado de tratamento e de manifestação dos sintomas. 

Flúvia Amorim ressalta que a chikungunya faz com que as pessoas fiquem doentes por tempo mais prolongado, o que causa pressão nos serviços e no sistema de saúde como um todo, o que também causa preocupação nos gestores.

Thiago Lagares (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial
 

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