Anápolis é cenário de mais uma operação contra o Aedes

Pá carregadeira, caminhões, viaturas, soldados do Corpo de Bombeiros e do exército: esse foi o cenário visto no município de Anápolis, em um combate contra um inimigo conhecido, o Aedes aegypti. Na manhã desta quarta-feira, 20, no setor São João, em Anápolis, foi realizado mais um força-tarefa do “Goiás contra o Aedes”, ação criada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), que visa promover ações nos 246 municípios goianos no combate ao vetor que transmite dengue, zika e chikungunya.

Na terceira cidade mais populosa do Estado, a meta é vistoriar os 2.086 imóveis do Setor São João ainda nessa quarta-feira. Segundo a gerente de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis, Érica Reis, o setor foi escolhido estrategicamente pela quantidade de galpões e ferro velho, locais que possuem grande número de focos. No ano passado foram notificados 71 casos suspeitos de dengue no bairro.

Luiz Carlos Teixeira, secretário de Saúde do município, frisou que Anápolis, mesmo realizando o trabalho cotidiano de prevenção e combate ao Aedes com os cerca de 200 agentes de endemias, precisa de ações com grande mobilização de pessoas e entidades. “Atividades pontuais como essa são importantes para ampliar a repercussão do assunto e sensibilizar a população para fazer o seu dever de casa, que é eliminar os locais que possam ser criador do mosquito”, comenta.

O trabalho contou com a participação de 190 profissionais, divididos em 22 equipes. A expectativa é que cada agente visite cerca de 20 imóveis. Participam Agentes de Combate às Endemias (ACE), Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Grupo de Defesa Ambiental, militares do Corpo de Bombeiros e da Base Aérea da cidade. Também foram confeccionadas camisetas e coletes para serem utilizados na ação.

A força-tarefa teve o apoio de caminhões e pá escavadeira para a retirada de entulhos e lixo encontrado pelos agentes. Os agentes retornaram no decorrer dessa semana nos imóveis que estão fechados. Esse é o primeiro ciclo de visitas. A previsão é que até junho sejam realizados mais três ciclos, também em bairros estratégicos.

Calhas e lixos

O agente comunitário Antônio Carlos relatou que os principais criadouros do Aedes são as calhas e os pequenos depósitos de lixos jogados no quintal. “As pessoas não fazem a manutenção adequada nesses locais”, comenta. Segundo Antônio, que há 8 anos realiza esse trabalho, na força-tarefa cada agente receberá alguns sacos de lixo para serem usados nas vistorias. “Todo o lixo que pode ser um local de criadouro do Aedes vamos armazenar no saco para jogar fora”, diz. No caso das vistorias nas calhas de difícil acesso, os militares do Corpo de Bombeiros ajudarão disponibilizando as escadas.

Balanço do “Goiás contra o Aedes”

145 municípios já realizaram a força-tarefa desde o dia 6 de janeiro. Cerca de 310 mil imóveis foram visitados. Destes, aproximadamente 230 mil foram trabalhados. Os demais não foram inspecionados porque estavam fechados ou porque os ocupantes se recusaram a receber a equipe. Na tentativa de abranger todos os imóveis, as equipes retornarão ao local ainda neste mês. Até o momento, foram detectados cerca de 10 mil imóveis com focos. Os dados foram repassados na última segunda-feira, 18.

Governo na palma da mão

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