Análise das características epidemiológicas da população de pacientes atendida no serviço transexualizador do HGG
Equipe de pesquisadores:
O que foi feito nessa pesquisa?
Na espécie humana o sexo equivale a uma conjugação de fatores que permite que os indivíduos sejam divididos em “masculino” ou “feminino”. O gênero refere-se à experiência interna de uma pessoa de ser masculino, feminino ou andrógeno(pessoas que possuem traços considerados femininos e masculinos). São chamados transexuais as pessoas que experimentam algum grau de incongruência de gênero. O objetivo principal dessa pesquisa foi conhecer as características epidemiológicas da população de pacientes atendida no serviço transexualizador do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG). Foram estudados 205 casos, sendo que 54,1% eram do gênero masculino e 45,9% do gênero feminino.
Qual o benefício dessa pesquisa para a população?
Os resultados dessa pesquisa mostraram que o perfil encontrado nesse grupo, trata-se de indivíduos com ensino médio completo (41,3%), que ocupam profissões de nível técnico fundamental (33,5%). A maioria tem orientação sexual heterossexual (80,8%) e são solteiros (68,2%). A época de início da disforia (um sentimento forte e persistente de que o sexo anatômico da pessoa não corresponde ao seu sentimento interno) mais prevalente foi na infância (67%). Esses pacientes, em sua maioria, sofrem com diversos estigmas sociais e enfrentam abandono e marginalização por parte da sociedade. As perdas de informações nos dados coletados, se mostraram significativas devido à falta de diversos dados importantes não registrados nos prontuários. Por esse motivo, é de extrema necessidade a criação de um prontuário personalizado para esses pacientes, para que seja possível conhecer com mais detalhes o perfil dessa população e assim, melhor atender suas necessidades.