Acne

Descrição: É uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. As lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos. Entretanto, a doença não atinge apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais frequente em mulheres.

Causa: As causas da acne podem estar ligadas a três fatores: produção excessiva de oleosidade (sebo), espessamento da camada córnea da pele (descamação irregular) e proliferação de bactérias (inflamação e infecção).

Prevenção: Evitar contato frequente com as áreas predispostas. Isto inclui evitar espremer espinhas e cravos; lavar as áreas predispostas somente duas vezes ao dia. O excesso de lavagens pode irritar a pele e piorar a acne; utilizar produtos suaves para higiene do rosto, evitando sabonetes que ressequem demais a pele; evitar maquiagens pesadas; remover a maquiagem antes de dormir; lavar o rosto ou tomar banho após exercícios vigorosos.

Sintomas: A acne surge tipicamente na face, pescoço, costas, peito e ombros, as quais são áreas com maior número de glândulas sebáceas. A acne pode apresentar-se como: Acne Grau I – Presença principalmente de comedões, podendo apresentar algumas pápulas e raras pústulas. Acne Grau II: Presença de comedões, pápulas eritematosas (avermelhadas) e pústulas. O quadro tem intensidade variável, desde poucas lesões até numerosas, com inflamação bem intensa. Acne Grau III: Presença de comedões, pápulas e pústulas. Adicionalmente, existe reação inflamatória que atinge a profundidade do folículo até o pêlo, formando nódulos e cistos. Acne Grau IV: Constitui uma forma grave de acne, também chamada de conglobata, onde além dos cistos e pústulas, existem a presença de abscessos (cistos e canais de pus). Acne Grau V: É uma forma extremamente rara e potencialmente fatal, por isto também chamada de fulminante. Apresenta-se na forma de febre, dores articulares e comprometimento do estado geral.

Tratamento: Existem vários tipos de tratamento disponíveis. Esfoliação da pele – pode ser feita tanto de maneira mecânica quanto através de substâncias químicas como o peróxido de benzoíla e ácido salicílico. Elas atuam prevenindo o acúmulo de células mortas e também ajudam na desobstrução de poros afetados. Antibióticos tópicos e orais – aplicação de antibióticos na região afetada, utilizando-se cremes e loções a base de eritromicina e ácido fusídico. Eles atuam eliminando as bactérias que se alojam no orifício do folículo piloso. Tratamento hormonal – nas mulheres é possível se aplicar um tratamento hormonal, que consiste na ingestão de contraceptivos orais (hormônios femininos) que neutralizam os efeitos de excessos de hormônios masculinos. Retinóides tópicos – agem na normalização do ciclo de vida das células do folículo, dissolvendo e prevenindo a formação de comedões. Eles não impedem a produção de sebo. Estão relacionados à vitamina A. O retinóide tópico mais utilizado em tratamentos é a isotretinoína. Retinóides orais – Agem reduzindo a secreção de sebo das glândulas. Consiste na ingestão diária de derivados da vitamina A como a isotretinoína ou ácido isotretinóico durante um período de 4 a 6 meses. O tratamento requer um acompanhamento médico bem próximo de um dermatologista devido aos efeitos colaterais (os quais podem ser graves). Os efeitos colaterais mais comuns são a desidratação da pele e sangramentos nasais (consequentes da desidratação da mucosa nasal).

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