Ação preventiva do Governo de Goiás garante transferência de pacientes de hospital da cidade de Goiás para rede estadual

Com o Hospital São Pedro, às margens do Rio Vermelho e sob risco de inundação, secretário Rasível Santos se desloca para o município, a pedido do governador Ronaldo Caiado, e define a medida de segurança, em parceria com prefeitura, SMS, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Samu

Rasível Santos acompanha retirada de pacientes transferidos para unidades da rede estadual e conveniada

Com o Centro Histórico da cidade de Goiás ameaçado mais uma vez pelo Rio Vermelho, que voltou a subir de forma perigosa no fim da noite de terça-feira (21/02), o Governo de Goiás, Defesa Civil e prefeitura local decidiram pela retirada de 17 pacientes internados no Hospital São Pedro, instalado às margens do rio, e transferência para unidades da rede pública estadual e conveniada. “O governador Ronaldo Caiado, preocupado com a elevação do rio e o risco de inundação do hospital, me destacou e até à meia-noite, praticamente todos os pacientes tinham sido transferidos”, lembrou o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos.

A transferência foi realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), por meio do Complexo Regulador Estadual (SES-GO/CRE), com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo o secretário, a maioria foi retirada ainda por volta das 23 horas. Dois precisaram ser estabilizados antes de serem transportados com total segurança – um deles foi transferido já na manhã desta quarta-feira.

Dos 17 pacientes, 9 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), assim distribuídos: 3 no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e 1 no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia; 3 no Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Nerópolis, e 2 no Hospital Estadual São Luís dos Montes Belos. Em enfermaria adulta, 5 estão no Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol), também em Goiânia, onde uma criança está na enfermaria pediátrica do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente e 2 recém-nascidos no Hospital Estadual da Mulher (Hemu). Outros quatro pacientes ficaram na cidade, recebendo atendimento domiciliar.

“Todos estão muito bem cuidados nas nossas unidades, onde continuarão até que se permaneça o perigo das enchentes no Rio Vermelho”, garantiu Rasível Santos, ao avaliar a decisão de retirada dos pacientes, tomada em conjunto o prefeito Anderson Gouvea. “Trata-se de medida muito importante, que antecede eventual inundação das áreas assistenciais do hospital já afetado no passado. E não é razoável esperar que isso aconteça para agirmos, pois estamos tratando de vidas em estado delicado de saúde”, justifica o secretário.

Postos avançados
O secretário lembra que a prefeitura e a Secretaria de Saúde do município foram orientadas a instalar postos médicos avançados em dois pontos mais altos da cidade – nas duas margens do rio, para assistência emergencial. “Agora, a gente vai acompanhar, a previsão de chuvas, para a gente saber se aquele local (o hospital) pode voltar a receber pacientes e em que dia que pode voltar a receber”, adiantou.

Unidade beneficente conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS) e município – e que também recebe recursos do Governo de Goiás –, o Hospital São Pedro é o mais antigo do Estado, e seu prédio histórico já foi ameaçado pelo Rio Vermelho outras vezes. Uma delas aconteceu em 31 de dezembro de 2001, apenas 17 dias antes de receber o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Na ocasião, a cidade foi atingida por uma das maiores enchentes, que ocasionou a perda de grande parte do patrimônio público e privado vilaboense.

José Carlos Araújo (texto)/Comunicação Setorial

Foto: SES-GO

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