Seminário sensibiliza profissionais para o enfrentamento da obesidade e diabetes


Uma doença que atinge 12,5 milhões de pessoas no Brasil e que, em 10 anos (2000 a 2010), foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o país. Estamos falando do diabetes. A estimativa é de que em Goiás haja 372.050 portadores do diabetes Miellitus, que corresponde a 6,2% do total da populado do Estado. O dia 14 de novembro é conhecido oficialmente como o Dia Mundial do Diabetes.

A Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (Suvisa/SES-GO), por meio das Coordenações de Controle de Hipertensão e Diabetes e de Vigilância Nutricional, realiza no próximo dia 12 o 1º Seminário Estadual de Sensibilização para o Enfrentamento da Obesidade e Diabetes em Goiás. O evento, previsto para acontecer no Augustu’s Hotel, das 8h às 17h30, tem o objetivo de sensibilizar os profissionais de saúde para a importância de prevenir e controlar a obesidade como fator de risco para o diabetes.  Está prevista a participação de 150 profissionais.

O seminário integra os eventos alusivos ao Dia Mundial do Diabetes. A data, que desde 2009 aborda o tema Diabetes: Educar para Prevenir, foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela International Diabetes Federation (IDF) com o intuito de alertar a população para o aumento dos casos da doença em todo o mundo.

Foram convidados a participar do evento servidores da Secretaria Estadual da Saúde e das Secretarias Municipais da Saúde de diversos municípios, além de representantes de entidades de classe e de organizações civis. Por meio do 1º Seminário Estadual de Sensibilização para o Enfrentamento da Obesidade e Diabetes em Goiás, a Suvisa pretende alertar a clientela sobre o impacto do diabetes na vida das pessoas e estimular o desenvolvimento de políticas públicas que favoreçam e possibilitam que os portadores da doença vivam mais e melhor.

Além disso, o seminário tem o objetivo de repassar aos profissionais de saúde informações que promovam o diagnóstico precoce e as formas de tratamento adequado, o que ajuda na prevenção e redução de complicações crônicas da doença.

Doença caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue

O diabetes é caracterizado pelo aumento de açúcar no sangue e pela falta de produção ou produção insuficiente de insulina no organismo. Esta doença tem como principais sinais e sintomas perda de peso, fadiga e desânimo, sede e fome excessivas e aumento da frequência urinária. Os principais fatores de risco para o surgimento da doença são, além do histórico familiar, obesidade, sedentarismo, estresse, alimentação pouco saudável, níveis de colesterol alto, consumo de álcool e hipertensão arterial.

A enfermidade é classificada em três tipos. O Tipo 1, referente à ausência total de insulina, é relacionado a fatores hereditários e manifesta-se normalmente antes dos 30 anos. O portador da doença, neste caso, quase sempre é magro. Já o Tipo 2, caracterizado pela deficiência de insulina, está relacionado a maus hábitos de vida, entre eles alimentação inadequada, a obesidade e o sedentarismo.

Apesar de se manifestar com maior frequência em pessoas acima dos 40 anos, o diabetes Tipo 2 também está cada vez mais presente em crianças e adolescentes devido aos maus hábitos alimentares e ao sedentarismo. O ganho de peso na atualidade decorre da grande ingestão de comidas gordurosas, abuso do açúcar e dos doces, baixa ingestão de frutas e hortaliças e refeições rápidas (do tipo fast food) e em horários irregulares, graças à rotina corrida do dia-a-dia. Lembrando que a ingestão de doces não leva diretamente ao diabetes, mas o faz indiretamente ao promover o ganho de peso.

Há ainda o diabetes gestacional que se manifesta por meio de abortos repetitivos ou quando o recém-nascido tem peso superior a 4 quilos. As pesquisas médicas indicam ainda que o tipo 2 prevalece em aproximadamente 90% das pessoas que apresentam a doença.

O diabetes não está associado diretamente ao fator genético e sim a adultos com histórico de excesso de peso e familiar de diabetes tipo 2. Porém, como a epidemia de obesidade tem atingindo os mais jovens, observa-se um aumento na incidência de diabetes em crianças e adolescentes.

Trata-se de uma enfermidade considerada grave, que muitas vezes leva a pessoa a contrair outros problemas também preocupantes. Além de derrame, cardiopatia e insuficiência circulatória nos pés, o diabetes pode causar cegueira, enfarte, doenças renais e amputação de membros Inferiores. Tão problemático quanto estes agravos é o fato de a doença ser silenciosa e de aproximadamente metade dos portadores de diabetes ignorar que tem a enfermidade.

Enfermidade afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo

O diabetes mellitus representa hoje uma epidemia mundial. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença. Destas, grande parte vive em países em desenvolvimento. As autoridades de saúde acentuam que este número pode dobrar na próxima década se não forem tomadas medidas urgentes.

A doença não escolhe sexo, pode atacar a todos. Das 142.677 internações realizadas por Diabetes no Brasil em 2012, 62.446 foram do sexo masculino e 80.231 do sexo feminino. Já em Goias, das 5.339 das internações por Diabetes ocorridas em 2012,  2363 foram do sexo masculino e 2976 do sexo feminino. Com  relação a mortalidade, o sexo feminino permanece como maioria dos casos de óbitos por Diabetes.

Conforme dados do Ministério da Saúde (MS), o diabetes afeta cerca de 12,5 milhões de pessoas no Brasil. Os registros do MS indicam ainda que 5,8% da população brasileira acima de 18 anos, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas, têm o diabetes Tipo 2. Diariamente surgem 500 novos casos por dia.

Na década de 2000 a 2010, o diabetes foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o Brasil. Em Goiás, entre os anos de 2006 e 2011, ocorreram 7.122 mortes em consequência do diabetes, o que corresponde a 3,9% do total geral de óbitos no Estado.

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