HGG utiliza toxina botulínica de forma inédita em seus pacientes

Primeiros procedimentos, para conter perda não intencional de saliva (sialorreia), foram realizados em pacientes da ala de cuidados paliativos da unidade do Governo de Goiás

Unidade de Governo de Goiás aplica toxina botulínica em pacientes da ala de cuidados paliativos

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) começou a realizar a aplicação da toxina botulínica, um procedimento inédito na unidade do Governo de Goiás. A toxina é uma substância que controla os sintomas da sialorreia, condição caracterizada por uma produção abundante de saliva, ocasionando a perda não intencional de saliva dos pacientes.

Os primeiros procedimentos foram realizados em pacientes da ala de cuidados paliativos do hospital. Médica geriatra e coordenadora do Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo (NAPP) do HGG, Ana Maria Porto Carvas comenta que a iniciativa é muito importante para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), pois a sialorreia é uma condição frequente em pacientes com sequelas neurológicas graves.

“As medicações que são usualmente utilizadas nos pacientes têm pouco efeito trazem reações adversas. Então, a toxina além da segurança que traz para o atendimento, é um grande avanço no sentido de promover conforto ao paciente por sua eficácia. É importante reforçar o quanto os sintomas de sialorreia são prevalentes em pacientes acamados, com doenças neurodegenerativas ou com sequelas neurológicas graves, além do risco de broncoaspiração, infecções respiratórias e o sofrimento causado aos pacientes pelas frequentes aspirações diárias”, explicou Ana Maria.

Ainda segundo a médica, os estudos científicos reforçam o beneficio e eficácia no uso da substância. “Ao realizar o procedimento, demonstramos a potência do SUS e a preocupação do HGG em oferecer tratamentos de ponta, alinhados com as últimas evidências científicas”, ressaltou.

De acordo com a cirurgiã dentista do HGG, Camila de Freitas Silveira, a iniciativa é inédita em Goiás. “Os resultados apresentados por esse tipo de terapia traz bastante relevância para os serviços de odontologia e medicina. Além de reduzir a broncoaspiração, auxilia na diminuição dos casos de pneumonia. Foi um momento especial, ainda mais porque pôde ser feito de forma interdisciplinar, à beira leito, associado a tecnologias como via ultrassom. Além disso, as famílias dos pacientes trouxeram um feedback positivo, com os pacientes apresentando redução do fluxo salivar sem efeitos adversos”, explicou.

Suzana Meira/Idtech
Foto: arquivo

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