No mês das mães, Hospital Estadual de Formosa alerta sobre hipertensão na gravidez

Unidade do Governo de Goiás no município do Distrito Federal destaca importância do autocuidado, pois pressão arterial não controlada pode levar a complicações como a eclâmpsia

Acompanhamento médico com aferição de pressão são fundamentais durante gravidez

No mês que celebramos o Dia das Mães, o Hospital Estatual de Formosa (HEF) alerta sobre a importância da prevenção e combate à hipertensão arterial durante a gravidez, reconhecendo os desafios enfrentados pelas gestantes em relação à saúde cardiovascular.

A hipertensão é uma condição séria que pode afetar significativamente a saúde materna e fetal. Durante a gravidez, os cuidados tornam-se ainda mais cruciais, pois a pressão arterial não controlada pode levar a complicações como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.

A hipertensão arterial durante a gravidez é uma condição que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial, que geralmente ocorre após a 20ª semana de gravidez, normalmente no terceiro trimestre. Esse quadro é geralmente diagnosticado quando a pressão arterial em repouso é maior que 140 x 90 mmHg.

Conforme as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das gestantes têm hipertensão arterial durante a gravidez. Essa condição pode variar de gravidade, desde casos leves até pré-eclâmpsia, ou em formas mais graves de hipertensão gestacional que pode representar riscos para a mãe e o bebê.

Para Mariana Landim, médica coordenadora do Centro Obstétrico (CO) da unidade do Governo de Goiás sob a administração do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), a gestante deve ficar alerta com alguns sintomas que podem surgir.

“Os sintomas podem variar entre o aumento da pressão, dor de cabeça, alteração visuais, dores abdominais e inchaço nas mãos, pernas ou pés. É fundamental que a gestante reconheça esses sinais e procure um médico imediatamente, pois a hipertensão arterial durante a gravidez requer monitoramento e cuidados especiais para garantir a saúde da futura mãe e do seu filho”, afirma Mariana.

Importância do autocuidado
A detecção precoce da hipertensão arterial durante a gravidez desempenha papel fundamental na proteção da saúde materna e fetal. Sendo assim, não havendo o tratamento adequado, pode representar riscos significativos. Por isso, é indispensável que as mulheres grávidas realizem exames regulares e avaliem sua pressão arterial durante as consultas para ser possível identificar quaisquer alterações. A adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas adequadas, também é importante.

Para Mariana Landim, é fundamental a adoção de boas práticas alimentares desde o começo da gravidez até o dia do parto, visto que no primeiro trimestre os enjoos e náuseas são muito comuns, sendo importante fracionar as refeições em menor quantidade e não ficar mais de duas horas sem se alimentar.

No segundo trimestre da gestação, os desconfortos tendem a parar, devendo haver uma diversidade na alimentação como frutas e verduras e o aumento da quantidade de água ingerida. No terceiro e último trimestre são indispensáveis a diminuição da quantidade de doces e de carboidratos e o aumento da quantidade de proteínas, uma vez que o parto está próximo e é o momento que o bebê vai acelerar o ganho de peso para ficar pronto para nascer.

Os cuidados durante os pré-natais são essenciais para garantir a saúde da mãe e do bebê em casos de hipertensão arterial durante a gravidez. Ao adotar medidas preventivas, como o diagnóstico precoce e uma alimentação balanceada, as grávidas podem reduzir os riscos associados à hipertensão e promover uma gestação mais tranquila e saudável.

Braz Silva (texto e imagem)/Imed

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