10 estados brasileiros conhecem Credeq

O conceito Credeq, assim como a sua proposta terapêutica e a rotina dos especialistas médicos e multiprofissionais que atuam na unidade de saúde, foi apresentado aos administradores de políticas sobre drogas de 10 estados brasileiros, na manhã desta terça-feira (17).

O conceito Credeq, assim como a sua proposta terapêutica e a rotina dos especialistas médicos e multiprofissionais que atuam na unidade de saúde, foi apresentado aos administradores de políticas sobre drogas de 10 estados brasileiros, na manhã desta terça-feira (17). A visita ao Centro de Referência e Excelência em Dependência Química, em Aparecida de Goiânia (Credeq – Prof. Jamil Issy), teve início às 12h30, e foi antecedida por um almoço no refeitório da unidade de saúde, inaugurada a um ano e quatro meses.

O grupo era integrado por 21 representantes de 10 estados – Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Eles estão participando do Fórum Brasileiro de Gestores de Políticas sobre Drogas, aberto na noite da última segunda-feira (16), no Palácio das Esmeraldas, com a presença do governador Marconi Perillo, do ministro de Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, e da coordenadora-geral do evento em Goiás e ainda diretora-geral do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (GEED), a goiana Ivânia Fernandes. O evento termina na quarta-feira (18).

Durante a visita, os gestores conheceram os quatro programas pilares do projeto terapêutico do Credeq – Prof. Jamil Issy – Candeeiro (desenvolvimento do autoconhecimento), Bumerangue (trabalho do autocontrole das emoções e dos comportamentos), THS (reestruturação das relações interpessoais, por meio do melhoramento das habilidades sociais de cada indivíduo) e o Prevenção às Recaídas (PR). Apesar de serem aplicados de forma simultânea, o PR é reforçado no último mês da internação, onde são criadas situações e esclarecidos conceitos.

Os visitantes ficaram impressionados com alto índice de incompreensão dos pacientes (ambulatorial e hospitalar) sobre a dependência química. De acordo com o psicólogo Alfredo Sant’Anna Rocha, os dependentes desconhecem os efeitos das substâncias em seus organismos, a diferença entre drogas depressoras e estimulantes, o que seria uma recaída, qual o processo biológico da fissura (comportamento de extremo apego a determinada condição psicológica gerada por uma droga).

Deixou-se claro, entretanto, que o foco do tratamento é o desenvolvimento do indivíduo, por meio do seu empoderamento, com vistas a lhe ensinas ferramentas que lhe torne protagonista das suas decisões, uma vez que não existe nenhuma barreira entre o indivíduo e a droga. O diretor técnico do Credeq – Prof. Jamil Issy, psiquiatra Tiago Oliveira, adiantou que o trabalho terapêutico na condição hospitalar também é desenvolvido no âmbito ambulatorial. Ao término da visita, os gestores receberam lembranças produzidas pelos pacientes durante das sessões de Terapia Ocupacional.

O Credeq – Prof. Jamil Issy é a primeira unidade de saúde pública e gratuita inaugurada pela administração estadual. A meta é que entrem em funcionamentos outras quatro unidades. Edificada em 10 mil metros quadrados, ela se diferencia do conceito de comunidades terapêuticas por disponibilizar assistência e acompanhamento biológico, por meio do corpo médico, formado por psiquiatras e clínicos.

Criado com a finalidade de atender casos graves de dependência química, o Credeq – Prof. Jamil Issy dispõem de serviços ambulatorial (equipado para até 2 mil atendimentos ao mês) e hospitalar (96 leitos em Unidades de Terapia Residencial e 12 leitos de desintoxicação). O acesso é regulado e os interessados em agendar a consulta avaliativa (psiquiatra, psicólogo, assistente social e enfermeiro) são encaminhados pelos CAPS e secretarias municipais da Saúde.

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