Inflação do Idoso atinge 0,07% em julho
Boletim do IMB calcula a evolução de preços dos padrões de gastos da população com 60 anos de idade ou mais em Goiânia
O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), órgão jurisdicionado à Secretaria-Geral de Governo (SGG), divulgou boletim com o índice de Inflação do Idoso que calcula a evolução de preços dos padrões de gastos da população com 60 anos de idade ou mais na cidade de Goiânia. O índice destaca produtos e serviços pesquisados, com pesos diferenciados, em razão das especificidades dos gastos dessa faixa etária.
No mês de julho, o índice de preços foi de 0,07%, no ano. A variação acumulada está em 2,16%, e em doze meses o índice acumulado já registra a 4,03%. O mês de julho encerra uma sequência de índices negativos e, mesmo com pequena variação, o índice mensal do idoso ficou abaixo de indicadores como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (0,15%) e acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC (-0,06).
“Divulgar o índice de Inflação do Idoso é uma forma de contribuir com a compreensão econômica sobre este indicador. No mês de julho, observamos que os índices ficaram abaixo das expectativas do mercado, mas o cenário aponta que teremos previsões mais otimistas em breve”, afirma o diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo.
Variações
O índice de preços, no mês de julho, foi pressionado pelos reajustes ocorridos nos grupos pesquisados com destaque para o grupo de Transportes (1,09%), que foi o que mais impactou o índice, com aumento nos preços de passagens aéreas (11,27%); gasolina (4,74%); ônibus interestadual (4,36%); e automóvel novo (3,21%). Em seguida, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais (0,35%) obteve reajustes com dentista (3,01%); óculos com grau (1,75%); e plano de saúde (0,78%). No grupo de Despesas Pessoais (0,33%) os maiores reajustes ocorreram em hospedagem (4,02%); pacote turístico (1,53%); e tratamento de animais (clínica) (1,23%).
No grupo de Educação (0,28%), mais uma vez, ocorreram reajustes em serviços de atividade física (1,00%) e artigos de papelaria (1,18%). O grupo da Habitação (-1,31%) foi o grupo que mais pressionou em sentido contrário, contrabalanceando o indicador. O grupo registrou reajuste na tarifa de energia elétrica residencial (-4,35%); e no botijão de gás (-1,06%).
Os demais grupos pesquisados, que também registraram variação negativa nesse mês, são Artigos de Residência (-0,87%), que verificou reajustes menores em televisor (- 2,95%); roupa de cama (-2,78%); e computador pessoal (-1,21%). No grupo Alimentação e Bebidas (-0,43%), vários itens registraram recuo de preços, sendo esses itens básicos na alimentação e com grande peso no orçamento, destaque para: feijão carioca (-12,12%); carne bovina: acém (-2,79%), e alcatra (-2,30%); arroz (-1,54%); frango inteiro (-1,48%); açúcar cristal (-1,40%); farinha de trigo (-1,37%); café moído (-1,08%); macarrão (-1,07%); leite longa vida (-0,99%);ovo de galinha (-0,71%); pão francês (-0,57%).
Para os grupos de despesas Vestuário (-0,17%) e Comunicação (-0,10%), o impacto no índice trouxe uma variação menor para este mês. Nestes grupos, os itens que mais contribuíram para tal resultado foram tecidos e armarinho (-2,18%); sapato masculino (-2,84%); roupa masculina (-0,84%); e aparelho telefônico (-1,15%), respectivamente.
Acumulado
Na avaliação do cenário da inflação acumulada no ano, o orçamento dos idosos foi pressionado pelos grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (5,54%); seguido por Despesas Pessoais (3,93%); e Transportes (2,60%). Os grupos de Alimentação e Bebidas (0,14%) e Habitação (-1,60%) fizeram um contrapeso nesses sete meses.
No acumulado em doze meses, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais (8,38%), foi o que mais pesou no orçamento dos idosos. A recomposição de preços do mercado do Vestuário (9,44%) ainda impacta os índices acumulados. Vale destacar, também, o grupo de Alimentação e Bebidas (4,38%) com reflexos dos altos preços em meses passados.