Governo discute agenda de investimentos em ministério
A elaboração de uma agenda positiva de investimentos em infraestrutura como garantia ao desenvolvimento econômico e para o combate aos desequilíbrios regionais foi o tema da reunião realizada no fim da tarde da quinta-feira, dia 23, em Brasília, entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O ministro iniciou audiências com governadores e equipes econômicas dos estados. Um reuniões separadas, Levy dialogou com os governadores do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
“Nós começamos a discutir hoje (ontem), a pedido dele (ministro Levy), um conjunto de ideias em relação ao que fará diferença para o Estado em termos de desenvolvimento econômico. O ministro está pensando muito na reativação do crescimento do País”, disse Marconi. O governador informou que o convite para a reunião partiu do próprio Levy durante a última reunião do Confaz, realizada em Goiânia, no início deste mês. Na ocasião, Levy manifestou interesse em discutir com governadores e secretários estaduais de Fazenda uma agenda de investimentos que possam garantir escoamento de produção, melhoria de infraestrutura e logística e competitividade dos Estados.
Prioridades
“Uma das prioridades dele é o Centro-Oeste, já que a região tem dado respostas muito positivas e afirmativas em relação a empregos, exportações, crescimento do PIB, ou seja, o Centro-Oeste tem dado respostas rápidas quando há uma necessidade maior de se aumentar o nível de empregos e as exportações. E nós estamos nesse momento construindo essa agenda. Nós temos obras estruturantes em relação a ferrovias, rodovias, aeroportos, portos e é em relação a isso que estamos tratando nesse momento”, declarou.
Em virtude do período de ajuste fiscal porque passa o País, o ministro teria sinalizado abertura para discussão sobre concessões, PPPs, inclusive operações de créditos, e outros mecanismos capazes de reaquecerem o desenvolvimento econômico. “Dissemos ao ministro que existem compromissos que estão no PAF (Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal) para 2015 e 2016 e que nós queremos vê-los apreciados e aprovados, quando este assunto vir de novo à mesa das prioridades do governo federal. Todos nós temos pressa, mas ele tem uma agenda. E ele depende de um conjunto de medidas que vão ser tomadas pelo Congresso Nacional, especialmente em relação ao ajuste fiscal”, pontuou o governador.
Ele antecipou que haverá nova reunião no Ministério da Fazenda, mas que antes o Governo de Goiás precisará definir as ações de investimentos prioritários. “Nós ficamos de voltar a nos reunir, fechar essa agenda dos investimentos e trazer ao ministro. Primeiro vamos verificar da parte do ministério qual é a capacidade de alavancagem deles, tanto do ponto de vista de concessão, PPPs, operações de crédito e recursos da União. Alguns projetos serão de continuidade e outros serão novos. Nosso objetivo é definir o que vamos vislumbrar para o futuro, garantindo competitividade a nossa economia, e o que é preciso ser concluído”, disse.
De acordo com o governador, a definição das prioridades passará pela conclusão das obras de infraestrutura que estão iniciadas, como rodovias e duplicações, e abarcará novos projetos, como a construção da ferrovia de cargas e passageiros entre Brasília e Goiânia, a construção da ferrovia que ligará a ferrovia Norte-Sul ao Mato Grosso e também a obra do Porto de São Simão, por exemplo. “Há uma série de obras e vamos defini-las ouvindo o empresariado. Eu disse ao ministro que não vamos começar em Goiás nenhum projeto novo sem garantia de recursos, sejam quais forem as fontes”, afiançou.