Órgãos discutem situação sanitária de rebanho bovino na Ilha do Bananal


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi realizada na última quarta-feira (27), no auditório da Procuradoria da República (PGR) no Tocantins, em Palmas, uma reunião entre Agência de Defesa do Tocantins (Adapec), Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público Federal (MPF), Superintendência da Agricultura no Tocantins e Associação Indígena Javaé PIN – Barreira Branca, onde foram discutidas ações sobre sanidade e movimentação do rebanho bovino existente na Ilha do Bananal.

A reunião foi convocada pelo procurador da República, Álvaro Manzano, com a finalidade de discutir e definir, com estes órgãos, procedimentos para circulação e vacinação de rebanho bovino no interior da Ilha do Bananal.

O presidente da Adapec, Humberto Camelo, defendeu uma ação conjunta com as agências de defesa de Goiás e Mato Grosso na vacinação contra aftosa e brucelose dos animais que estão na Ilha. “Temos um grande rebanho de bovinos na Ilha do Bananal de retireiros que são oriundos dos três estados, além do rebanho dos indígenas. Por isso, é necessário ter uma atenção especial por parte dos órgãos de defesa para não colocar em risco a sanidade do restante do País”, pontuou.

Atualmente, a Adapec e o Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso realizam o trabalho de vacinação do gado que está na Ilha, sendo que a agência do Tocantins assume as despesas de campanha com cerca de 90% de todo o rebanho. Humberto Camelo ressaltou que devido às condições das vias dentro da ilha os veículos retornam danificados e os custos de reformas são altos.

Após tomar conhecimento destes fatos, o procurador Álvaro Manzano cobrou uma ação mais efetiva de responsabilidade por parte dos retireiros, uma vez que foi relatado por técnicos da Adapec que, em muitos casos, eles próprios reúnem o gado, laçam e fazem a vacinação. “Se estão mantendo gado dentro da Ilha do Bananal, devem arcar com os custos”, destacou.

O presidente da Agrodefesa, Arthur Eduardo Alves de Toledo, disse que o Estado de Goiás deve contribuir com a sanidade dos animais que estão na ilha. “A causa é de responsabilidade de todos e a Adapec não pode ser responsabilizada sozinha por esta ação, porque a defesa é um sistema e nós não podemos colocar em risco um status que estamos buscando para todo o continente americano de zona livre de aftosa sem vacinação até 2020”, comentou, acrescentando que para a etapa da campanha de vacinação, que inicia em agosto, a Agrodefesa participará cedendo servidores e veículos durante o período.

Outra questão apontada na reunião foi sobre o trânsito de animais na Ilha. A Funai alegou que os indígenas estão encontrando dificuldades para emitir a Guia de Trânsito Animal porque não possuem inscrição estadual. Sobre este tema, o procurador disse que encaminhará ofício à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) orientando que sejam feitos os registros dos indígenas. 

O representante da Associação dos Indígenas Javaé PIN – Barreira Branca, Luciano Barreto Alves, avaliou que a reunião foi produtiva e fundamental para esclarecer o papel de cada órgão.

Visita

Pela manhã, o presidente da Adapec, Humberto Camelo, recebeu os representantes da Agrodefesa: o presidente, Arthur Eduardo Alves de Toledo; o gerente de Sanidade Animal, Antônio do Amaral Leal; e o gerente de fiscalização Animal, Janilson de Azevedo Júnior. Na ocasião, a Adapec repassou informações sobre a atuação e as estratégias de vacinação que são realizadas na Ilha do Bananal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto e fotos: Assessoria de Imprensa da Adapec

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