Governo de Goiás doa cestas de alimentos a indígenas venezuelanos
Mais de cem pessoas não radicadas que estão em Goiânia, entre adultos e crianças, que sobrevivem por meio de ajuda de instituições públicas e da sociedade civil foram beneficiadas
Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) e da Pastoral dos Migrantes percorreram cinco endereços na região próxima ao Terminal Rodoviário de Goiânia para visitar famílias indígenas que vieram da Venezuela e estão morando em casas alugadas e hotéis da capital goiana. A finalidade foi fazer a entrega de cestas de alimentos destinadas pelo Governo de Goiás.
Elas são compostas por itens básicos como arroz, feijão, óleo de soja, açúcar, macarrão, extrato de tomate, bolachas e material de limpeza, para apoiar as famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. “É uma ação humanitária e nosso compromisso é atender essa população que está fora de seu país e sofre com a falta de condições sociais”, pontua a secretária da Seds, Lúcia Vânia.
A grande maioria dessa população saiu do país de origem em decorrência dos conflitos internos, em 2019, entraram no Brasil pela fronteira com Roraima. Essas famílias se deslocaram então para a região central do Brasil, sendo que cerca de 150 pessoas vieram para Goiás, quase todas para Goiânia, segundo dados do grupo de trabalho da Seds e da Prefeitura de Goiânia que atuam na missão de dar amparo e suporte aos migrantes.
Segundo a superintendente da Mulher e Igualdade Racial, Rosi Guimarães, essas famílias vivem em condições precárias e enfrentam problemas como falta de qualificação para trabalhar em atividades como construção civil ou comércio, além de ainda não serem radicados e não terem acesso aos programas sociais dos governos. Desde que chegaram, elas vivem de doações de instituições públicas e organizações sociais.
Somente em um hotel da região da 44, no Setor Norte Ferroviário, estão mais de 80 pessoas, sendo aproximadamente, 30 crianças e 50 adultos. Em outro endereço visitado pela equipe da Seds e da Pastoral dos Migrantes, dez pessoas moram em um simples barracão com condições precárias e falta de melhor higiene e espaço.
Para Roberto Portela, da Pastoral do Migrante, que realizou o cadastro das famílias indígenas, esse apoio da Seds é fundamental para minimizar as dificuldades enfrentadas por essa comunidade que sofre com a saída do ambiente natural das tribos e portanto, necessitam de apoio permanente do poder público.
Roberto ressalta ainda, que é preciso sinergia dos poderes para viabilizar melhores condições de vida para essas famílias com melhor espaço de moradia e possibilidade de geração de renda.
Na próxima quinzena, de acordo com a superintendente Rosi Guimarães, uma nova remessa de alimentos será encaminhada pela Seds para atender demandas dos indígenas.