Governo de Goiás anuncia criação do Grupo Especial de Investigação em Estupros
O governador Ronaldo Caiado anunciou a criação do Grupo Especial de Investigação em Estupros quando inaugurou a Sala Lilás na 1ª Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica (1ªCRPTC–Aparecida), em Aparecida de Goiânia.
“Não vou admitir qualquer nível de agressão contra mulher em nosso Estado. Já nomeei o delegado que vai tratar única e exclusivamente de estupradores. É uma ordem de governo”, afirmou o governador, que também entregou 250 pistolas para uso imediato de policiais da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC).
“Faço um apelo à sociedade. Se souberem de qualquer caso, façam chegar informação à polícia”, clamou o governador. “Temos que fazer um tratamento corretivo, à altura, para que as pessoas não tenham a sensação de impunidade”, completou. Para isso, salientou a importância de equipar policiais para que possam atuar com segurança e dignidade.
“Um policial não ter arma é o mesmo que um cirurgião sem bisturi. E a Polícia Científica, como polícia, tem que proteger. Ela é vítima muitas vezes de ataques e não pode se expor sem ter condição de legítima defesa”, ponderou Caiado.
Coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), primeira-dama Gracinha Caiado relembrou o lançamento do Pacto Goiano pelo Fim da Violência Contra a Mulher, em novembro de 2019, que catalisou um conjunto de medidas efetivas para proteger mulheres vítimas de violência.
Gracinha citou um levantamento que aponta que 52% das mulheres não denunciam o agressor ou não procuram ajuda. “Queremos dizer a todas as goianas que estão em alguma situação de violência que existe sim uma saída para ela. Estamos aqui para reafirmar que agressividade não é amor. Humilhação, xingamento, violência não é amor”, pontuou. “Hoje, em Goiás, em briga de marido e mulher não se mete a colher, se mete a algema”, completou.
Sala Lilás
Com atuação no âmbito da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o espaço de 40 metros quadrados dispõe de estrutura organizacional semelhante à de Goiânia, que entrou em funcionamento em 2019. Visa garantir atendimento de forma qualitativa a todas as mulheres e crianças vítimas de violência e evitar a revitimização.
Assim como para a Sala Lilás da capital, para a unidade de Aparecida o atendimento também foi pensado para ser de forma multidisciplinar, com enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais. Para isso, foi firmado um termo de cooperação com a Secretaria de Saúde.
Aparecida de Goiânia é o segundo município a receber este espaço, e o primeiro fora da capital, por questões de logística. Em Goiânia, a Sala Lilás opera desde 25 de novembro de 2019, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, no Instituto Médico-Legal Aristoclides Teixeira (IMLAT), localizado no Setor Cidade Jardim. Desde então, registra uma média de 300 atendimentos por mês.