SES debate estratégias para fortalecer saúde, em congresso de laboratórios farmacêuticos

Sérgio Vêncio representa presidente do Conass no evento nacional realizado em Brasília, que reúne líderes e especialistas do setor para fortalecer sistema de saúde nacional e discutir inovação e independência na produção de medicamentos

Sérgio Vencio discursa na abertura do congresso de laboratórios farmacêuticos, em Brasília

O secretário estadual de Saúde, Sérgio Vencio, debateu o fortalecimento da saúde, no 1º Congresso dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, em Brasília. “É de extrema importância, tanto para os secretários estaduais de Saúde quanto para os municipais, destacando-se especialmente a capacidade estratégica de trazer para o Brasil o que é essencial”, disse o secretário, ao enfatizar a importância da colaboração entre profissionais e instituições para construir um sistema de saúde mais resiliente e preparado para os desafios que o futuro apresenta.

“Isso abrange desde a produção de medicamentos direcionados a doenças reconhecidamente locais, para as quais não há pesquisas internacionais disponíveis, até a abordagem das necessidades de nossa população mais carente”, acrescentou Vencio, que representou no evento o presidente do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti. 

Sob o tema Estratégias Produtivas e Tecnológicas para a Saúde do Brasil: Fortalecendo o Sistema de Saúde, o congresso teve início nessa terça-feira (08/09) e continua até quinta-feira (10/08), no Kubitschek Plaza, Brasília. Líderes, especialistas e profissionais do setor debatem abordagens que impulsionem a capacidade produtiva e tecnológica visando o aprimoramento do sistema de saúde do País.

A solenidade de abertura foi cheia de expectativa. A palestra magna, intitulada Ampliação e qualificação da produção de medicamentos e insumos para o sus: o papel dos laboratórios farmacêuticos oficiais no cenário pós-pandêmico, foi proferida por José Gomes Temporão, médico sanitarista e ex-ministro da Saúde, que traçou um panorama essencial para a compreensão das estratégias futuras no setor.

Mesas-redondas e oficinas
A programação do evento abrange uma série de mesas-redondas e oficinas especializadas. Temas como inovação tecnológica, transferência de tecnologias, políticas de qualidade e produção de medicamentos para doenças negligenciadas fazem parte do debate. Representantes de ministérios, conselhos e agências, tanto nacionais como internacionais, vão se reunir para discutir o cenário atual e traçar as diretrizes para um futuro mais resiliente no âmbito da saúde.

O congresso explora tópicos como o papel estratégico dessas instituições na produção e tecnologia, influência na pesquisa clínica e garantia de acesso a medicamentos via políticas públicas, buscando fortalecer sua capacidade e reduzir a dependência de importações. No Brasil, existem 21 laboratórios, que são responsáveis pela produção de 6 bilhões de unidades farmacêuticas e 300 milhões de doses de vacinas, anualmente. Seus 8,5 mil profissionais desempenham papel crucial na saúde do País.

As Parcerias do Desenvolvimento Produtivo (PDPs) impulsionam a pesquisa e tecnologia, conectando o setor público e privado, colaborando para avanços no tratamento médico. Esses laboratórios também desempenham um papel vital ao tornar tratamentos acessíveis para comunidades marginalizadas.

Unidades públicas
Os laboratórios farmacêuticos oficiais, como a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), fazem parte da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), produzindo medicamentos e produtos de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao enfrentar desafios como a ampliação da autonomia na fabricação, o fortalecimento e a colaboração mútua, esses laboratórios buscam atender as demandas públicas e privadas. 

A Iquego, por exemplo, aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) para expandir sua produção, incluindo itens como glicosímetro, cannabidiol, luvas, camisinhas e o medicamento Sofosbuvir. O investimento do Ministério da Saúde é fundamental para revitalizar a capacidade de produção desses laboratórios, que já tiveram um papel significativo na fabricação de medicamentos antirretrovirais e que agora buscam reforçar seu impacto na saúde pública.

Luana Avelar (texto) Marco Monteiro (foto) /Comunicação Setorial

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