Segundo paciente do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG recebe alta

Leony Gonçalves, de 63 anos, esteve internado na unidade do Governo de Goiás desde o dia 9 de maio, devido ao diagnóstico de uma mieloma múltiplo

Leony Gonçalves comemora, com profissionais do HGG, o sucesso de seu transplante

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) deu alta médica, nesta quarta-feira (29/05), às 10 horas, ao segundo paciente transplantado pela unidade do Governo de Goiás. O procedimento foi realizado com sucesso em Leony Gonçalves, de 63 anos, que estava internado desde o dia 9 de maio, com um diagnóstico de mieloma múltiplo.

No dia 16, Leony realizou o transplante autólogo, procedimento no qual as células precursoras da medula óssea provêm do próprio paciente transplantado. Desde então, o paciente permanecia internado na Unidade de Transplantes do HGG até que, na segunda-feira (27), Leony recebeu a notícia da ‘pega medular’, momento após a transfusão das células, quando a medula começa a funcionar novamente.

O paciente, que atua como leiloeiro, afirmou que a alta representa um alívio para ele e a família. “São 20 dias de isolamento, e a gente sente muita falta da nossa rotina, da família e dos amigos. Me sinto muito aliviado que tudo tenha dado certo e acho que uma nova vida começa para e mim e para minha família”, avaliou.

Casada com Leony há 30 anos, a psicóloga Marly Faria acompanhou o marido durante toda a internação. Além da felicidade da alta, ela fez questão de agradecer a todos que se mobilizaram para o sucesso do transplante do marido. “Eu fico realmente muito emocionada por ter tido tanta gente apoiando meu marido. Minha família e eu temos muito o que agradecer. Primeiramente a Deus, ao Sistema Único de Saúde, ao HGG e todo o corpo de profissionais que se dedicaram para que tudo desse certo”, afirmou.

Após a alta, Leony vai seguir sendo acompanhado de perto pelos médicos do HGG. Coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG, Adriano de Moraes Arantes explicou que, após o transplante, o paciente passa por uma reconstrução do sistema imunológico. “Pelos próximos 180 dias, ele vai passar por algumas limitações, mas logo estará livre para viajar e exercer suas atividades habituais”, disse.

Primeiro paciente
O HGG deu início à operação do serviço em abril de 2024. No dia 7 de maio, Patrick Brunner Viana, primeiro paciente do Serviço de Transplantes de Medula Óssea, recebeu alta médica. O hospital tem a capacidade de realizar, no mínimo, seis transplantes de medula por mês, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes.

O espaço, exclusivo aos usuários do SUS, está localizado na Unidade de Transplante do HGG, inaugurada em 2022. Essas novas instalações contam com estrutura moderna em uma área de 644m², com um total de 32 leitos, sendo 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas, e outros seis para transplante de medula óssea.

A área exclusiva para os pacientes de transplante de medula óssea dispõe de apartamentos com antecâmara, climatização com pressão positiva do ar e filtros hepa, equipamentos para purificação da água nas torneiras e chuveiros com o objetivo de evitar o risco de contaminação para os pacientes, copa e banheiros exclusivos para acompanhantes, além de outros aspectos importantes para o atendimento à legislação sanitária vigente e às boas práticas.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG conta com o apoio do Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz, unidade da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos – Rede Hemo. O Hemocentro é o responsável pela coleta, processamento, armazenamento e distribuição das células progenitoras hematopoiéticas, utilizadas no transplante, além de contribuir com a distribuição de hemocomponentes que o paciente necessita durante o processo do transplante.

Alex Maia (texto e foto)/Idtech

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