Saúde realiza capacitações de profissionais para atuarem no projeto Goiás Todo Rosa

Qualificações envolvem 300 médicos e enfermeiros da Macrorregião Sudoeste que vão atuar na testagem genética para o câncer de mama, exame que será estendido a todo o Estado

Profissionais usam ‘mamamigas’ para aprenderem a identificar alterações em mamas

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou, na semana passada, em Rio Verde, mais uma capacitação do Goiás Todo Rosa, projeto pioneiro em teste genético para câncer de mama e ovário primário no País. As capacitações, iniciadas no mês passado, em Quirinópolis, são voltadas aos profissionais médicos e enfermeiros da Atenção Primária em Saúde que trabalham diretamente com o público-alvo do projeto.

Eles são orientados sobre o procedimento de identificação das mulheres com histórico de câncer de mama na família e sobre o encaminhamento para a rede, que conta com a parceria da Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Laboratório de Genética Humana.

Em Rio Verde, cerca de 200 profissionais participaram das oficinas com orientações técnicas e aula prática sobre como identificar e avaliar sinais de possível câncer na mama com a ajuda das ‘mamamigas’. Semelhante ao seio feminino, o material feito de silicone e esponja é usado para ensinar mulheres a conhecerem a diferença entre a mama saudável e a que apresenta alguma alteração.

A parceria da SES-GO e UFG permitirá a realização de sequenciamentos genéticos para detecção precoce das mutações que causam câncer de mama e/ou ovário pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O cronograma do projeto prevê que o atendimento comece pela Policlínica Estadual de Quirinópolis, na região sudoeste. Em seguida, o teste genético será estendido à região centro-norte, em Goianésia e Uruaçu. A previsão é de estender o exame a todas as mulheres com predisposição para esses tipos de câncer no Estado.

A gerente de Atenção Primária da SES-GO, Camila Brum, reforça a importância do Projeto Goiás Todo Rosa. “O projeto oferece a possibilidade do diagnóstico precoce, por meio de uma investigação e diagnóstico e ainda estender o tratamento a todos os familiares por meio de um atendimento integral. Por isso estamos realizando as capacitações para oferecer a assistência qualificada”, acentua Camila.

O Goiás Todo Rosa, está sendo desenvolvido em eixos que incluem as capacitações do profissional da atenção primária, a ampliação da rede de biopsia para lesões de suspeita para câncer de mama, a conexão entre atenção primária, secundária e terciária, como explica a a mastologista e professora da Faculdade de Medicina da UFG, Rosemar Macedo Sousa Rahal.

“Isso é para permitir que a mulher tenha acesso a um processo mais rápido desde uma suspeita de diagnóstico até um tratamento, nós chamamos isso de linha rosa e por último o painel herdado que a mulher consegue saber da possibilidade de ter um câncer, antes mesmo da confirmação da doença, por meio do sequenciamento genético”.

Yara Galvão (texto) e Marco Monteiro (foto)/Comunicação Setorial

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