Programa Nacional formará profissionais em radioterapia

No primeiro semestre de 2016, a Fundação do Câncer dará início ao Programa Nacional de Formação em Radioterapia. O objetivo é a formação de 22 físicos com uma visão transdisciplinar e de 80 técnicos em radioterapia, além da atualização de 300 médicos radioterapeutas, técnicos e físicos. O projeto inclui, também, o desenvolvimento e a disponibilização de um ambiente virtual de aprendizagem continuada para formação dos residentes e para atualização dos médicos radioterapeutas, físicos e técnicos de todo o país.

Na linha de cuidados na oncologia, a radioterapia é reconhecida como um componente essencial da assistência ao paciente oncológico. Cerca de 60% deles se beneficiarão dessa terapia em algum momento do seu tratamento, e seus resultados apontam para uma taxa de cura de cerca de 50% isoladamente e mais de 60% quando associada à quimioterapia ou cirurgia.

O programa dos cursos foi aprovado pelo Ministério da Saúde e tem duração estimada de dois anos. Os profissionais serão escolhidos por meio de processo seletivo e deverão estar vinculados, prioritariamente, a estabelecimentos hospitalares públicos ou filantrópicos, contemplados no Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde – SUS, do Ministério da Saúde e a estabelecimentos de saúde privados credenciados ao SUS.

O projeto apresenta em seu conteúdo de treinamento os seguintes cursos: Qualificação Profissional para Técnicos e Tecnólogos em Radioterapia, dividido em três módulos; Mestrado Profissional em Física Médica, dirigido a profissionais físicos e físicos médicos e cursos de atualização, voltados para físicos médicos e médicos radio-oncologistas.

O cronograma dos cursos, bem como detalhes sobre o período de inscrição e requisitos necessários para participar do programa, serão publicadas no site www.cancer.org.br.

Programa Nacional de Formação em Radioterapia – Idealizado na Fundação do Câncer e desenvolvido em parceria com o Departamento de Ensino do Inca e o Laboratório de Ciências Radiológicas da Uerj, o programa foi criado para complementar a capacitação e atualização de profissionais na área de radioterapia, atendendo à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com o Programa Nacional de Radioterapia do Ministério da Saúde.

Criado pelo Governo Federal, o Programa Nacional de Radioterapia envolve a compra de 50 máquinas, a serem instaladas em 50 novos centros e de 50 máquinas a serem instaladas em centros existentes que necessitam de atualização. A licitação para compra dos equipamentos exigiu a instalação de uma fábrica no país pela empresa vencedora.

Essa decisão, sem dúvida, trará benefícios a médio e longo prazos (de 5 a 10 anos), com a instalação de novos centros ou a substituição de equipamentos obsoletos. Entretanto, o maior impacto do Programa Nacional de Radioterapia será em longo prazo (mais de 5 anos), com a produção dos equipamentos no país, tornando-os mais baratos devido à redução dos impostos e à possibilidade de financiamento em moeda nacional, criação de empregos e de conhecimento tecnológico.

Governo na palma da mão

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