Mulher sofre AVC durante consulta no HGG e é salva por residentes

Após atendimento médico, paciente está em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva da unidade do Governo de Goiás

Creusa Vaz da Silva, durante recuperação, com equipe do HGG que a socorreu após AVC

Na terça-feira (5/10), Creusa Vaz Da Silva, de 63 anos, começou a manifestar sintomas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) – paralisia da face e membros do lado esquerdo do corpo –  durante uma consulta com um gastroenterologista no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi – HGG. Imediatamente, a equipe do serviço de neurologia da unidade do Governo de Goiás foi acionada e iniciou a avaliação de uma possibilidade de trombólise, que é o tratamento feito na fase aguda do AVC isquêmico, para reversão do quadro.

Caroline Milhomem, médica e residente de neurologia do HGG que atendeu Creusa, conta que a paciente foi encaminhada diretamente para a sala de tomografia, onde se iniciou a avaliação para classificá-la na escala do AVC. "Foi constatado que não havia nenhum sangramento, então nós fizemos o ataque da trombólise da paciente, que foi encaminhada para a UTI para continuação do tratamento." No dia seguinte, a paciente já apresentou sinais de melhoras.

Caroline explica que esse tipo de tratamento só pode ser feito em uma janela de até quatro horas e meia após o aparecimento de sintomas. "Nós conseguimos fazer isso tudo em 40 minutos. Nesses casos, quanto antes é instituída a trombólise, melhor a recuperação das funções neurológicas do paciente."

O neurologista e preceptor do serviço do HGG, Marco Tulio Pedatella, explica que, caso a paciente não tivesse recebido um atendimento tão rápido, provavelmente ela ficaria com sequelas muito mais graves. “O sucesso é o tempo mesmo. Quanto mais rápido nós conseguirmos atender pacientes com AVC agudo, melhor. Tanto que o tema da campanha deste ano contra o AVC é justamente este: Tempo Precioso.”

O médico destacou o trabalho das residentes que atuaram no atendimento. "Este não é um atendimento comum de ser realizado no HGG, então foi muito bom ver a dinâmica delas, a vontade de ajudar, de resolver o problema. E nós fizemos tudo isso juntos. A gente fica feliz de ver que o que nós estamos ensinando, ele estão aprendendo e que vão levar isso para frente". Também participaram do atendimento as médicas residentes Glenda Barros e Renata Garcia e a médica da intercorrência Marcela Damasceno.

"Renasci"
Já se recuperando no leito da UTI, Creusa diz que renasceu. "Eu estava na minha consulta quando comecei a me sentir mal, nunca imaginei que seria um AVC. Graças a Deus, eu estava aqui dentro do hospital e fui socorrida por esses médicos que são anjos aqui na Terra." A paciente falou do desejo de poder voltar para casa e reencontrar seus três filhos. "Aqui eu sempre sou muito bem atendida, mas nada como a casa da gente, com as coisas da gente."

 
Teste Samu
Uma das formas de identificar um AVC é fazer o teste Samu:

Sorriso: peça para a pessoa sorrir. Veja se um lado do rosto não mexe.
Abraço: veja se a pessoa consegue elevar os dois braços como se fosse abraçar ou se um membro não se move.
Música: veja se a pessoa repete o pedacinho de uma música ou se enrola as palavras.
Urgente: chame uma ambulância ou vá a um pronto atendimento especializado.

Thalita Braga (texto e foto)/Idtech

 

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