Missa traz conforto e fé a profissionais do Hugo, pacientes e acompanhantes

Padre Darlei Maia, da Comunidade Católica Nova Aliança, comanda celebração nos corredores da  unidade do Governo de Goiás

Missa celebrada pelo pe. Darlei Maia em corredor do Hugo reúne colaboradores, pacientes e acompanhantes

"Sopra, Espírito Santo”, ecoaram a vozes de pacientes, parentes e profissionais de saúde na tarde de quarta-feira (24/11), nos corredores do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Em atividade promovida pela Comissão de Humanização da unidade do Governo de Goiás, o padre Darlei Maia, da Comunidade Católica Nova Aliança, celebrou uma missa de confraternização entre as equipes de saúde, pessoas internadas em tratamento e acompanhantes.

O que era uma reunião de poucas pessoas, no final do corredor do térreo, que fica próximo à Unidade de Terapia Intensiva 4 (UTI 4) do Hugo, aos pouco foi ganhando dezenas de pessoas, entre funcionários, pacientes, parentes de pessoas internadas e visitantes que estavam na unidade. No início da celebração, após cantar as primeiras músicas, houve um pedido de oração pela vida dos pacientes e que Deus pudesse confortar os parentes no momento angustiante e sofrido que é a recuperação de um problema de saúde de alguém da família.

Um servidor do Hugo foi convidado para ler a palavra durante a celebração. Em seguida, padre Darlei fez questão de destacar a presença da cruz de madeira no fundo do local onde as pessoas estavam reunidas na unidade. O religioso explicou a simbologia da cruz, objeto que pode trazer uma frieza, mas que, na verdade, simboliza a manifestação do amor de Deus pelos homens. “Um Deus que enxerga a sua luta, um Deus que enxerga a sua dor. Que olha diante da sua alegria. Que Ele possa te acolher, te abraçar”, se direcionou aos presentes o religioso.

Além do momento de fé e esperança, as pessoas que acompanharam a missa receberam rosas brancas, da presidente da Comissão de Humanização do Hugo, Célia Regina Losano dos Santos. Para a profissional, trazer a celebração para dentro do hospital é uma oportunidade de aquele paciente, parente ou profissional da unidade poder professar a sua religiosidade e encontrar, naquela hora, um ponto de apoio, força e conforto – até porque se trata de um ambiente hospitalar, no qual nem sempre as notícias são todas boas. 

Pacientes se recuperam, mas o agravamento do quadro de saúde de outros acaba por ser irreversível. Por isso mesmo, o padre pediu, durante a missa, para que as atenções fossem voltadas aos que se foram, para que eles “possam ser acolhidos na luz do Senhor”. Ao final, ele agradeceu pela  oportunidade de celebrar com os presentes, já com planos de transformar aquele primeiro encontro em uma missa mensal, na última quarta-feira de cada mês.

Gratidão e concentração
“É uma graça de Deus para nós estarmos aqui no Hugo”, agradeceu o padre pela oportunidade de trazer uma palavra de conforto e união às pessoas que estão na unidade. Para o religioso, o desafio em lidar com o ambiente hospitalar vem do cuidado de respeitar o ambiente de trabalho das equipes de saúde, o momento diferente vivido por pacientes e acompanhantes em seu tratamento, com o devido preparo, inclusive na hora da confissão. 

“É um local com pessoas entrando e saindo a todo momento. É preciso ter o cuidado de se concentrar com aquelas pessoas que estão ali para que elas possam se sentir únicas, mesmo em um ambiente no qual o respeito com a rotina de trabalho e atenção à saúde precisam ser preservados”, pontua o padre.

Augusto Diniz (texto e foto)/INTS
 

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