“Miguel está curado”, diz Arielle Araújo, mãe do menino que nasceu com apple peel

Uma doença rara no intestino, descoberta ainda no ventre da mãe, parecia ser uma forte barreira que impediria a sobrevivência do pequeno Miguel Araújo Moura. A síndrome apple peel, também conhecida como atresia jejunal, atrapalhava a digestão dos alimentos pela textura muito fina do intestino. A expectativa inicial era de apenas três dias de vida. Miguel completou sete meses e, desde o dia 12 deste mês, está em casa. Alimenta-se, normalmente, e o intestino funciona, perfeitamente.

Após sofrer a primeira cirurgia, no Hospital Materno Infantil (HMI), e já com três meses de vida, mas sem conseguir melhora no quadro clínico, o menino foi encaminhado para tratamento com especialista brasileira no assunto em Porto Alegre, Helena Goldani.

Em 9 de maio, Miguel embarcou para o tratamento no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde permaneceu por cerca de cinco meses. A vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), naquele complexo hospitalar, foi articulada pela equipe do Complexo Regulador da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O transporte em avião com UTI foi custeado pelo Governo de Goiás.

Em entrevista para Comset Setorial/SES-GO, a mãe de Miguel relata os momentos cruciais para a recuperação do menino:

Comset: Qual foi o momento mais difícil que você enfrentou nesse período de tratamento do Miguel?

Arielle Araújo – Quando desenganaram meu filho. Disseram que ele não iria viver. Mas dentro de mim, eu sabia que o Miguel iria sobreviver, não sabia como, mas acreditava nisso.

Comset: Como foi o apoio que você recebeu para ir para Porto Alegre?

Arielle Araújo – Mesmo com o pior diagnóstico possível do Miguel, eu não desisti e descobri, com outros profissionais, que ele poderia fazer transplante de intestino. Daí, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, por meio das áreas competentes, indicou o tratamento em Porto Alegre, para que o Miguel pudesse ser acompanhado lá, antes de correr atrás do transplante. O Estado custeou tudo.

Comset: E em Porto Alegre. Como foi a recepção?

Arielle Araújo – Após um mês ganhando peso, ele foi submetido a outra cirurgia. Foram oito horas de cirurgia. Com o tempo, ele só foi melhorando. Via meu filho evoluindo a cada dia. Começou a comer papinha. Evacuava normalmente. Até que certo dia ele mesmo retirou a sonda de alimento parenteral. Como não tinha outra específica para trocar naquele dia, ele foi para o soro. Daí, eu pensei.. vou pedir para a médica retirar esse soro. Para minha surpresa, ela deixou. Desde então, ele nunca mais usou sonda.

Comset: Qual a conclusão que você tirou dessa experiência?

Arielle Araújo – Fui atrás da recuperação do meu filho. Não desisti dele. Tinha muita fé em Deus. Sempre confiei em Deus e o Miguel para mim é um milagre.

 

Fonto: Facebook Amamos o Miguel

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