Hemu promove debate sobre controle térmico do recém-nascido

Assunto é tema de semana de conscientização do Projeto Pinguim, com abordagens apresentadas à equipe de assistência da unidade do Governo de Goiás

Colaboradores participam de exposição sobre assistência ao parto, organizada por residentes de enfermagem 

A manutenção da temperatura do recém-nascido, principalmente no pré-termo (prematuro), é um dos fatores mais relevantes para a sobrevivência desses bebês. Manter um controle térmico adequado evita diversas complicações relacionadas à hipotermia e hipertermia e reduz a mortalidade e morbidade relacionadas aos neonatos.

Para alertar sobre esse tema tão importante, o programa de Residência Médica em Neonatologia,  com o apoio da Residência de Enfermagem em Obstetrícia do Hospital Estadual da Mulher (Hemu),  desenvolveu o Projeto Pinguim – Semana de Conscientização do Controle Térmico do Recém-Nascido Pré-termo. De 21 a 24 de março, foram realizadas várias abordagens para a equipe da assistência.

Na programação, a equipe da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) da unidade do Governo de Goiás participou de uma oficina com a neonatologista e supervisora do Programa de Residência Médica em Neonatologia, Maria Bárbara Gomes, sobre a importância da monitorização da temperatura do neonato. Também participou de dinâmicas como Guloseimas x Conhecimento, realizada pelos residentes da Neonatologia.

Uma exposição foi organizada pelos residentes de enfermagem obstétrica com o tema Controle de temperatura com foco na assistência ao parto. A neonatologista Patrícia Figueira fecha a programação nesta quinta-feira, com uma oficina reforçando a importância do monitoramento da temperatura do neonato.

Temperatura
A temperatura corporal é o resultado do balanço entre os mecanismos de produção e de eliminação do calor. Os recém-nascidos (RNs), sobretudo os pré-termo, são mais propensos à perda rápida de temperatura, por meio dos mecanismos de convecção, evaporação, condução e radiação. O controle térmico depende da idade gestacional e pós-natal, do peso de nascimento e das condições clínicas do RN. Quanto menor a idade gestacional e pós-natal, e pior o estado clínico do RN pré-termo, maior será a necessidade de suporte térmico ambiental para mantê-lo em boas condições.

A Organização Mundial de Saúde define como faixa de normalidade a temperatura do RN de 36,5 a 37° C e classifica a hipotermia conforme a gravidade: potencial estresse do frio (hipotermia leve) – temperatura entre 36,0 e 36,4° C; hipotermia moderada – temperatura entre 32 e 35, 9° C; e hipotermia grave – temperatura menor que 32° C. Para cada 1° C de queda da temperatura corporal do recém-nascido há aumento de 28% na mortalidade neonatal.

“O controle térmico é extremamente importante na assistência ao recém-nascido, principalmente os prematuros. A sensibilização de toda equipe para monitorar este parâmetro, com certeza, impactará em redução de mortalidade e complicações destes vulneráveis neonatos. Além das palestras oferecidas durante toda a semana, também entregamos uma revista digital informativa sobre as causas de hipotermia e estratégias para prevenção e resgate da normotermia”, destacou a médica Maria Bárbara.

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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