Alerta para impacto do cigarro comum e cigarro eletrônico na saúde e meio ambiente

Secretaria da Saúde promove live "Tabaco: Uma ameaça ao meio ambiente", no Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio. Encontro virtual com especialistas discute os impactos para a saúde humana e meio ambiente

A Secretaria de Estado da Saúde promove uma live na segunda-feira, dia 30 de maio às 9h, como parte da campanha do Dia Mundial sem Tabaco 2022. Especialistas vão discutir o tema, definido pela Organização Mundial da Saúde, que é "Tabaco: uma ameça ao meio ambiente". Isso porque, além de matar mais de oito milhões de pessoas todos os anos, os produtos de tabaco destroem o meio ambiente, prejudicando ainda mais a saúde humana. 

A live para profissionais da atenção primária à saúde e população em geral será transmitida pelo canal do Conasemns no Youtube, com foco central nos Danos Respiratórios dos Cigarros Eletrônicos – com a pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira, da Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia – e, ainda, sobre Cigarro Eletrônico: um problema de saúde pública, com o cardiologista Aristóteles Comte de Alencar, Coordenador do Programa de Controle do Tabagismo no Estado do Amazonas.

O encontro virtual será realizado das 9h às 11h pelo link https://conasems-br.zoom.us/j/88405599163?pwd=VThjTytxTWtiQlBzRzBWdmlpaENZQT09, com participação aberta a quaisquer interessados.

Riscos
Com base nas evidências mundiais atuais, o uso de cigarros eletrônicos com nicotina aumenta o risco de uma série de danos à saúde, como: envenenamento, convulsões, dependência, traumas, queimaduras (causadas por explosões) e doenças respiratórias (incluindo a síndrome respiratória aguda grave — Evali).

Já o tabaco comum está relacionado como fator de risco para câncer de boca e pulmão, efisemas pulmonares, doenças cardiovasculares, e amputações de membros causadas pela baixa oxigenção do sangue. O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. Há uma variedade de itens derivados de tabaco que podem ser usados de diversas formas: fumado, inalado, aspirado, mascado ou absorvido pela mucosa oral. 

"Todos eles contêm nicotina, causam dependência e aumentam o risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil, a forma predominante do uso do tabaco é o fumado", esclarece Magna Carvalho, gerente de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da SES-GO.

Descarte

O consumo de produtos derivados do tabaco não prejudica apenas a saúde das pessoas como também causa enorme dano ao meio ambiente. O tabaco, do cultivo até o descarte, afeta o ar, o solo e a água. As ações de cultivo provocam desmatamentos, e o descarte inadequado das guimbas ou bitucas de cigarro costumam causar incêndios.
Outro fator relevante e ainda pouco estudado refere-se ao impacto gerado pelo descarte dos dispositivos eletrônicos que, por conter bactérias, substâncias químicas, embalagens metálicas e outras, requerem um descarte especial, já que não são biodegradáveis. 
Os cartuchos de cigarro eletrônico — como cápsulas de nicotina e/ou essências — em sua maioria são produtos de uso único que contêm resíduos plásticos, eletrônicos e químicos. "Muitos deles se tornam lixo. Os resíduos de cigarros e cigarros eletrônicos podem poluir o solo, as praias e os cursos de água, sendo prejudiciais inclusive à vida selvagem", explica Selma Tavares, coordenadora estadual do Programa de Controle do Tabagismo da SES-GO.

Dados
O quadro epidemiológico do tabagismo no Brasil é baseado nos resultados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel, 2021), que demonstram nas 27 capitais brasileiras, uma frequência de adultos fumantes  de  9,1%, sendo maior no sexo masculino (11,8%) do que no feminino (6,7%) (Brasil, 2022). Em Goiânia, a frequência de adultos fumantes foi de 10,4%, sendo maior no sexo masculino (14,4%) do que no sexo feminino (6,8%).
O Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio – foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Desde o final da década de 1980, sob a ótica da promoção da saúde, a gestão e governança do controle do tabagismo no Brasil vêm sendo articuladas pelo Ministério da Saúde por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), incluindo um conjunto de ações nacionais que compõem o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).

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