Botulismo
Descrição: O botulismo clássico é uma intoxicação grave, de origem alimentar, caracterizada por comprometimento agudo e bilateral de pares cranianos, fraqueza e paralisia flácida das vias descendentes. Pode estar acompanhado, inicialmente, de diplopia, boca seca, disfagia, disfonia e fraqueza muscular progressiva, que evolui para paralisia respiratória. Não cursa com febre. Tremores e vômitos podem estar presentes. É causada pela toxina do bacilo (bactéria) Clostridium botulinum, que pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados ou, mais raramente, por contaminação de ferimentos (Botulismo por ferimentos) ou pela produção de toxina no intestino de crianças menores de um ano e adultos com doenças intestinais (Botulismo intestinal).
Transmissão: Não há relato de transmissão interpessoal, apesar de haver excreção da toxina botulínica e esporos da bactéria por semanas ou meses, as fezes de lactentes com botulismo intestinal. Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e raramente em alimentos enlatados industrializados.
Prevenção: A melhor prevenção está nos cuidados com o consumo, distribuição e comercialização de alimentos. Evite ingerir alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e no aspecto; produtos industrializados e conservas caseiras que não ofereçam segurança devem ser fervidos ou cozidos por 15 minutos, antes de serem consumidos; não conserve alimentos a uma temperatura acima de 15ºC.
Sintomas: A doença pode se manifestar pelos seguintes sintomas: dores de cabeça; vertigem; tontura; sonolência; visão turva; visão dupla; diarreia; náuseas; vômitos; dificuldade para respirar; paralisia descendente da musculatura respiratória, braços e pernas; comprometimento de nervos cranianos, prisão de ventre e infecções respiratórias. É importante lembrar que nem todos os sintomas acontecem na mesma pessoa e que, às vezes, só aparecem os sintomas menos graves, dificultando o diagnóstico da doença.
Tratamento: O êxito do tratamento depende do diagnóstico precoce da doença e das condições do local onde será realizado. Quanto antes a pessoa contaminada for levada a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), maiores as chances de recuperação.
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