Saúde e UEG realizam fórum sobre mobilidade urbana, saúde pública e trânsito

Programação inclui apresentação de trabalhos científicos envolvendo temas como saúde, segurança viária, educação para o trânsito e mobilidade urbana

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Coordenação de Vigilância de Violência e Acidentes (Viva), promove nesta quinta-feira, 19, o 6º Fórum de Mobilidade Urbana e Trânsito e 6º Seminário Saúde Pública e Trânsito. O evento, em parceria com a Universidade Estadual de Goiás (UEG), terá como tema central Cidades para Pessoas e será realizado no auditório do Serviço Social de Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), no Bairro São Francisco, em Goiânia.

A coordenadora do Viva, Maria de Fátima Rodrigues, destaca que os dois eventos são abertos à participação de servidores e estudantes das áreas da saúde, trânsito, engenharia, arquitetura, entre outros, que estejam interessados em aprimorar seus conhecimentos sobre trânsito, mobilidade urbana e prevenção de mortalidade por acidentes de transporte terrestre. O encontro terá apresentação de trabalhos científicos sobre esses temas, avaliados por uma comissão científica. Todo o material aprovado será divulgado em um caderno de resumo dos eventos a ser produzido pela UGE.

Cidade inclusiva

Maria de Fátima destaca ainda que o principal objetivo desses eventos é permitir a reflexão e apresentação de propostas sobre o desenvolvimento de nossas cidades e como estas estão contribuindo ou não para enfrentar o grave problema de saúde pública que é a mortalidade por acidente de trânsito. “Conhecer as estratégias, ações e estudos adotados por diversos setores como saúde, trânsito, arquitetura e outros, para promover cidades inclusivas, sustentáveis e democráticas para pessoas, contribui para a implantação de políticas de segurança no trânsito e, consequentemente, para a redução dos acidentes, lesões graves e mortes no trânsito”, acentua.

Para a coordenadora, uma cidade em que se prioriza a pessoa no seu planejamento, e não na sua prática, é um dos maiores obstáculos enfrentados na realidade urbana brasileira. “Nossas cidades acumularam ao longo do tempo uma estrutura de circulação e de edificações hostis para as pessoas, sobretudo aquelas que usufruem desse espaço a pé, de bicicleta ou pelos sistemas de transportes coletivos urbanos. Este modelo induz cada vez mais ao deslocamento de veículo individual e ao aumento do fluxo de carros e motos e, como resultado, o aumento de acidentes”, afirma.

Números trágicos

Segundo a coordenadora do Viva, é preciso mudar esse cenário, pois os dados são trágicos. Em Goiás, os acidentes por transportes terrestres – carros, ônibus, caminhões e motocicletas – provocaram a morte de 2.148 pessoas em 2014. Com ações de segurança viária, fiscalização, campanhas de conscientização, entre outras, a taxa recuou para 1.644 óbitos em 2017. As mortes afetam principalmente os jovens adultos, na faixa dos 20 aos 39 anos, representando 30,9% dos casos registrados em 2017. Os números de 2018 ainda estão em apuração.

Também é preocupante o montante de gastos com internações. Em 2017, a hospitalização das vítimas de acidentes gerou um custo de R$ 12,3 milhões, dos quais R$ 7,8 milhões com atendimento a motociclistas, o maior gasto.

SERVIÇO

6º Fórum de Mobilidade Urbana e Trânsito e 6º Seminário de Saúde Pública

Data: quinta-feira, 19

Horário: 8 h às 17 h

Local: Serviço Social de Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Endereço: Rua Taiti, 541, esq. com Av, Castelo Branco, Bairro São Francisco, Goiânia-GO

Maria Vitória, da Comunicação Setorial

 

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo