Regionais de Saúde do Estado participam de oficinas de vigilâncias com vistas a prevenção da dengue em Goiás
“Hoje nós iniciamos mais uma atividade para fortalecer o programa de combate ao aedes aegypti em nosso Estado e as 18 regionais de saúde realizarão atividades de fortalecimento da necessidade de manejo ambiental que é a ação de cuidar do ambiente das casas, e orientar as famílias a fazerem a sua parte nessas ações de prevenção e controle da dengue em nosso estado”, explicou a Edna Covem, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador (GVSAST) da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, ao abrir a Oficina de Trabalho: Regionais de Saúde e Ações de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador.
O objetivo é preparar as regionais da saúde para intensificar o controle do mosquito aedes aegypti transmissor da dengue e da chikungunya. Segundo o técnico Murilo do Carmo Rosa, 98 por cento dos casos de dengue é do tipo 2. A preocupação da Secretaria Estadual da Saúde é com a chegada do período chuvoso, pois as ocorrências já começam na segunda quinzena de novembro com maiores incidências da dengue no mês de dezembro. Marcello Rosa, coordenador de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores explicou que o último levantamento epidemiológico no período seco em Goiás predominou larvas do mosquito em produtos descartáveis, que são os lixos de recipientes pequenos, mas em grande quantidade. E acrescentou que todos os municípios goianos têm a presença do mosquito aedes aegypti, e o Ministério da Saúde recomenda roteiro básico e eficiente para o seu controle.
Diretrizes
Entre as diretrizes definidas estão as articulações em busca de parcerias, apoio aos municípios no planejamento e nas mobilizações, capacitação de técnicos, gestão e fornecimento de insumos e equipamentos, sistemas de informações e desenvolvimento de melhorias, monitoramento dos indicadores dos sistemas de informações, acompanhamento e supervisão de campo, responsabilidades dos municípios, visitas domiciliares, mapeamento de áreas, gestão de insumos, manutenção de equipamentos, monitoramento dos indicadores, planejamento e mobilização.
O coordenador do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN) Daniel Batista Gomes, falou da importação de alimentar o sistema, principalmente pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos “para as análises das estatísticas”. Ele mostrou que a dengue é uma doença infecciosa de alta magnitude e transmissibilidade, estimando-se que em todo o mundo 2,5 bilhões de pessoas estejam em risco para a doença. E acrescentou que em Goiás são notificados em média 70 mil casos desta patologia por ano.
A preocupação começa com a contínua orientação à população abrindo espaço para cuidar de seu próprio ambiente, explica Marcello Rosa. Ele disse que o fumacê nem sempre traz resultados positivos pois, as portas e janelas estão fechadas, e o mosquito encontra-se debaixo de camas e atrás de sofás. E que o papel do agente de saúde não é ser catador de lixo, eles são agentes de saúde, como diz o conceito de vigilância.
A subcoordenadora da Regional Centro Sul, Stefânia Cristina de Souza Nolasco, expôs que o maior produtor do aedes é o lixo, e quem o produz não é o setor da saúde, mas a própria população, e que as visitas domiciliares por si só não resolvem o problema, e sim, “o cuidado de cada um de nós”. A fiscal da GVAST Larissa Oliveira Santomé sugeriu que as pessoas façam uma avaliação do que cada um pode fazer em prol da comunidade e minorar a incidência do mosquito. “É todo um contexto, o lixo, as ações dos municípios, e a importância da própria equipe em buscar de apoio de prefeitos e seus auxiliares e, assim, evitarmos que a doença se instale onde quer que seja”, explicou.
Oficina
A Oficina que teve início ontem, terça-feira, 07/10 segue hoje dia 09/10, durante todo o dia, buscando e avaliando estratégias com alvo no controle do Aedes aegypti principalmente durante o período chuvoso. A atividade conta com a participação da Coordenação de Vigilância em Saúde, Subcoordenadores de Vigilância Sanitária e do Centro de Referência de Combate e Controle às Endemias e Epidemias das Regionais de Saúde do Estado. O evento acontece no Auditório do Conselho Estadual de Saúde de Goiás, endereço: Avenida República do Líbano, nº 1.875, setor Oeste – Goiânia/GO – Ed. Vera Lúcia, 7º andar.